quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Detroit - Become Human traz mais uma super realidade virtual com efeitos e jogo envolvente.
Redação Jornal Somos
Depois de Heavy Rain, a Quantic Dream, desenvolvedora do game, vem investindo em jogos do mesmo estilo, com gráficos ultra realistas e narrativas fortes, a fim de fisgar o jogador com a história e não só pela gameplay em si. Depois de Beyond: Two Souls, as esperanças em um jogo realmente cativante vindo da empresa desapareceu, já que no game parecia que estávamos à assistir um filme interativo e nada mais. Agora em 2018, a Quantic Dream voltou, e voltou com tudo!
Em Detroit, somos inseridos em uma realidade que a evolução nos levou até a criação de Andróides, máquinas exatamente iguais aos humanos. Nesse mundo, os Androides são frutos de uma empresa chamada Cyberlife que os fabricam e os comercializam para serem escravizados para fins públicos e individuais, o que acaba aumentando drasticamente a taxa de desemprego global, já que a maioria dos trabalhos podem ser realizados por máquinas, e isso gera preconceito e ódio por parte da maioria das pessoas quanto aos Andróides, não só por terem roubado seus empregos, mas por se sentirem ameaçados. No game é possível ver com clareza todos esses problemas em sua própria gameplay, o que nos emerge muito no enredo do game.
No jogo, controlamos 3 personagens, os 3 Androides, e cada um com uma história distinta. Markus, um Androide de um pintor idoso que acredita que Markus pode ser diferente dos demais Androides; Kara, uma empregada de um homem divorciado, viciado e que vive com sua filha e Connor, um agente investigador que cuida de casos de Androides divergentes. Embora suas histórias sejam distintas, conforme vamos avançando na história as ligações entre os personagens vão existindo e se estreitando cada vez mais.
O que difere Detroit dos demais jogos da Quantic Dream é a variação do decorrer da história, isso significa que se jogar somente uma vez, não terá visto nem a metade que ele realmente tem a oferecer, isso porque o jogo foi desenvolvido para que nossas escolhas tivessem consequências na história, e diferente de vários outros jogos do gênero como Until Dawn, Detroit consegue realmente mudar a história bruscamente dependendo da escolha do jogador. Para se ter uma ideia, é possível matar os personagens no decorrer da história e a partir daí o desenrolar da história irá acontecer, mas vai se adaptar sem este personagem. Isso acaba criando uma relação entre o jogador e os personagens do jogo deixando a história ainda mais interessante.
Detroit ainda nos trás uma reflexão sobre o preconceito, mostrando que por mais que consideremos errado socialmente, ele não deixa de existir, pois assim que nos deparamos com algo novo e desconhecido, surge o medo de não ser mais a “Raça Superior”.
A Quantic Dream conseguiu fazer um game que faz o jogador se sentir parte dele e criar expectativas para os personagens através de várias narrativas muito bem desenvolvidas e que cumpre com louvor a promessa feita por eles indo até além. Com certeza, um exclusivo de peso para o Playstation 4.
De acordo com a presidente da equipe, Kenia Leite, o objetivo é figurar entre as 5 melhores equipes da competição.