sábado, 25 de outubro de 2025
Foto: DANIEL BASIL/PORTALDA COPA
O Complexo do Maracanã e a Aldeia Maracanã foram incluídos na lista de bens que o Governo do Estado do Rio de Janeiro pretende vender para ajudar a quitar parte da dívida com a União. A proposta foi aprovada nesta quarta-feira (22) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alerj, que alterou o projeto de lei complementar enviado pelo Executivo.
Com as mudanças, o texto autoriza a alienação de 62 imóveis — 14 a mais que o plano inicial — incluindo 28 propriedades da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). O projeto ainda será votado no plenário da Assembleia Legislativa.
Segundo o presidente da CCJ, deputado Rodrigo Amorim (União), o objetivo é reduzir gastos com imóveis subutilizados ou de alto custo. Ele citou que o governo estadual desembolsa cerca de R$ 1 milhão por partida no Maracanã e que a Aldeia Maracanã, de 14 mil metros quadrados, não possui uso social definido.
A venda faz parte da estratégia para aderir ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que permite utilizar bens públicos para abater débitos com o governo federal. Em 2026, o Rio de Janeiro deverá pagar cerca de R$ 12,3 bilhões apenas em serviço da dívida.
Entre os imóveis retirados da lista estão o Complexo Esportivo Caio Martins (Niterói), o Batalhão da PM do Leblon e a Escola de Música Villa-Lobos. Também ficaram de fora espaços com projetos sociais em funcionamento, como a Casa Nem e o Grupo Arco-Íris.
De acordo com o relator da proposta, deputado Alexandre Knoploch (PL), as exclusões ocorreram após vistorias que comprovaram o uso público dos imóveis. Vale lembrar que, desde setembro de 2024, o governo estadual já havia concedido o Maracanã ao Flamengo e ao Fluminense, responsáveis pela administração do estádio.
*Com informações Agência Brasil
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