quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta sexta-feira (10/06), dados que mostram que a renda do cidadão brasileiro diminuiu diante a crise causada pela pandemia do coronavírus. O rendimento mensal real da população, além da renda domiciliar per capita, tiveram queda recorde e atingiram o menor patamar da série histórica do instituto, que começou em 2012.
Os dados mostram uma queda generalizada entre as diversas fontes que compõem a renda do brasileiro de 2020 para 2021 e destaca a dimensão do impacto do Auxílio Emergencial diante da pandemia – após a redução do benefício a renda domiciliar per capita chegou ao menor valor histórico, além de aumentar a proporção de pessoas que vivem sem qualquer tipo de rendimento no país.
O IBGE calcula o rendimento médio mensal real considerando apenas pessoas que têm algum tipo de rendimento, indiferente de qual seja a fonte dele. A renda domiciliar per capital, por outro lado, considera a divisão do rendimento das pessoas que efetivamente o recebem entre as demais que vivem sob o mesmo teto.
O levantamento aponta que o rendimento mensal médio real de todas as fontes no país passou de R$ 2.386 em 2020 para R$ 2.265 em 2021, valor mais baixo desde 2012, quando a série histórica da pesquisa teve início e era estimado em R$ 2.369 (já descontada a inflação do período). O recuo corresponde a uma queda de 5,1%, a mais intensa da série.
Até então esta é a maior queda da renda mensal real no país, considerando todas as fontes de rendimento, havia sido de 3,4% registrada na passagem de 2019 para 2020, puxada pelo alto nível de desemprego provocado pela pandemia. No entanto, o novo recorde ocorreu mesmo diante do aumento do número de pessoas ocupadas no mercado de trabalho.
De acordo com o levantamento, a proporção de pessoas com rendimento efetivamente recebido pelo trabalho aumentou de 38,7% para 40,2%. Apesar disso, o rendimento médio efetivamente recebido pelo trabalho teve queda de 4,6%.
"O aumento da ocupação se deu pela informalidade, e a renda do trabalho informal não foi suficiente para aumentar o rendimento médio", explicou a analista da pesquisa, Alessandra Scalioni Brito.
Já a proporção de pessoas com outros rendimentos, que inclui os programas assistenciais como o Bolsa Família e o Auxílio Emergencial caiu de 14,3% para 10,6%, provocando uma queda de 30,1% da média advinda desta fonte de renda.
(Com informações do G1)
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