terça-feira, 23 de dezembro de 2025
Foto: Divulgação
O São Paulo Futebol Clube vive um momento de forte turbulência política. Nesta terça-feira (23/12), conselheiros do clube protocolaram oficialmente um pedido de impeachment contra o presidente Julio Casares. A iniciativa partiu de um grupo de oposição após a repercussão de um escândalo envolvendo a exploração irregular de um camarote no estádio do Morumbis.
Ao todo, o requerimento reuniu 57 assinaturas, número suficiente para obrigar o Conselho Deliberativo a convocar uma reunião extraordinária que irá discutir a possibilidade de afastamento do dirigente. A maioria das assinaturas é de conselheiros ligados ao grupo de oposição Salve o Tricolor Paulista, mas o documento também conta com o apoio de 13 membros da situação.
Conforme estabelece o Artigo 112 do Estatuto Social do São Paulo, o afastamento do presidente só ocorre se dois terços dos conselheiros votarem favoravelmente ao impeachment. Caso esse quórum seja alcançado, o processo segue para análise da Assembleia Geral do clube.
A principal acusação envolve a venda clandestina de um camarote do Morumbis. Segundo reportagem do portal GE, integrantes da atual gestão participaram de um esquema de uso irregular do espaço durante o show da cantora Shakira, realizado em fevereiro de 2025.
Áudios divulgados pelo GE indicam que o diretor adjunto de futebol de base, Douglas Schwartzmann, confirmou ter recebido valores referentes à comercialização ilegal do camarote. Ainda de acordo com o material, parte do dinheiro também teria sido repassada à diretora feminina, cultural e de eventos do clube. Após a divulgação das informações, ambos solicitaram afastamento de suas funções.
O caso amplia a crise interna no São Paulo e deve gerar novos desdobramentos nos próximos dias, com expectativa de forte debate nos bastidores do clube.
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