O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), desde o mês de janeiro até o atual momento, contabilizou 264 crimes de violência contra candidatos e pré-candidatos, sendo que destes, 100 foram homicídios consumados ou tentados. O levantamento foi divulgado nesta terça-feira (24), pelo presidente do TSE, o ministro Luís Roberto Barroso, e os dados demonstram um aumento de cinco vezes em comparação ao mesmo período em 2016, quando foram contabilizados 46 crimes destes no período eleitoral.

Os dados contabilizados no levantamento incluem ocorrências do mês de setembro, que foram registradas antes da confirmação da candidatura. Nestes casos, foram computados crimes contra indivíduos que haviam se declarado como possíveis concorrentes ao pleito.

O ministro Barroso, em pronunciamento divulgado nesta terça (24), destacou o crescimento de crimes contra os candidatos. “A violência é incompatível com a democracia. É preciso jogar limpo e civilizadamente e os órgãos de segurança pública estão vigilantes em relação ao crime organizado”, afirmou.

Segundo o TSE, entre os 100 homicídios tentados ou consumados, 67 aconteceram apenas nos meses de outubro e dezembro, após a confirmação, pelos partidos, de todas as candidaturas. Desde o início da contabilização, em janeiro, 45 candidatos e pré-candidatos foram assassinados, onde 12 foram entre outubro e novembro. A maior partir dos crimes foram registrados na região Sudeste do país.

Já quanto as ocorrências de ameaças, foram registradas 146 desde janeiro, sendo que 109 ocorreram entre outubro e novembro. Além disso, o TSE contabilizou 18 crimes de lesão corporal contra candidatos e pré-candidatos desde o início de 2020.

(Com informações da Agência Brasil)