terça-feira, 16 de setembro de 2025

CPF passa a ser identificador único do SUS e substitui número do Cartão Nacional de Saúde

POR Marcos Paulo dos Santos | 16/09/2025
CPF passa a ser identificador único do SUS e substitui número do Cartão Nacional de Saúde

Foto: Divulgação

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O governo federal anunciou nesta terça-feira (16) uma mudança histórica no Sistema Único de Saúde (SUS): o Cadastro de Pessoa Física (CPF) passa a ser o identificador único dos cidadãos, substituindo o número do Cartão Nacional de Saúde (CNS). A medida foi apresentada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e pela ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck.

 

Com a mudança, 111 milhões de cadastros devem ser inativados até abril de 2026. Desde julho deste ano, 54 milhões de registros sem CPF já foram suspensos. Atualmente, a base do CADSUS conta com 286,8 milhões de cadastros ativos, dos quais 246 milhões já estão vinculados ao CPF.

 

Segundo Padilha, a unificação traz mais eficiência, segurança e transparência ao sistema, além de evitar fraudes e desperdícios. “Estamos dando um passo decisivo rumo a uma revolução tecnológica no SUS”, afirmou o ministro.

 

A alteração também facilita a vida dos pacientes, que não precisarão mais decorar dois números diferentes. Um exemplo é a vacinação infantil: basta informar o CPF da criança para que o histórico vacinal seja atualizado automaticamente na Caderneta Digital da Criança, disponível no aplicativo Meu SUS Digital.

 

Para os gestores, a integração dos dados permitirá melhor avaliação de políticas públicas e fortalecimento das pesquisas na área da saúde. Já para situações emergenciais, será criado um cadastro temporário, válido por até um ano, para garantir atendimento a quem ainda não possui CPF.

 

A partir de agora, o novo Cartão Nacional de Saúde estará disponível em formato digital, com nome e CPF do cidadão. Não será necessária impressão física do documento.

 

De acordo com o Ministério da Saúde, os sistemas do SUS — como a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e o Prontuário Eletrônico da Atenção Primária — serão totalmente readequados para utilizar o CPF até dezembro de 2026.

 

 

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