Foi identificada pela Comissão Parlamentar de Inquérito Mista (CPMI) das Fake News, uma lista de linhas telefônicas de WhatsApp que efetuaram disparos de notícias falsas durante a campanha eleitoral de 2018. Das 400 mil contas banidas, 55 mil podem ter sido operadas por robôs e 24 são autoras de disseminação em massa. Os números identificados possuem códigos dos Estados Unidos, Vietnã, Inglaterra e Brasil, mas os IPs (Endereço de Protocolo da Internet) confirmam que as mensagens foram enviadas em território brasileiro.

Dos 24 números que atuaram durante as eleições, três ainda estão ativos. Os parlamentares da CPMI afirmaram que pretendem usar essas informações para chegarem até as pessoas ligadas ao caso para intimá-las e investigarem a amplitude do esquema.

Foram mobilizados um policial federal, um promotor do Ministério Público e um pesquisador do exterior e ex-servidor do Ministério da Justiça para a coleta de dados.

 Posicionamento do WhatsApp

Para o portal UOL, a assessoria de imprensa do WhatsApp, que é contra o uso da plataforma para enviar informações em massa. O aplicativo está trabalhando para banir contas que atuam dessa forma e aplicar medidas legais aos autores.

 “É por isso que propusemos ao TSE proibir explicitamente o uso de serviços de mensagens em massa no contexto de campanhas eleitorais, que eles concordaram em incorporar nos regulamentos (ver documento anexo)”, diz a empresa. “Também notificamos as empresas que disseram oferecer o envio de mensagens em massa violando nossos termos de serviço” disse a nota enviada pela assessoria do WhatsApp.