quinta-feira, 28 de março de 2024

Brasil

Conflitos entre EUA e China prevalecem e podem beneficiar o Brasil

POR Jornal Somos | 07/05/2019
Conflitos entre EUA e China prevalecem e podem beneficiar o Brasil

El País

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A diretora gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, advertiu nesta terça-feira (7) que as tensões comerciais entre China e Estados Unidos são uma "ameaça para a economia mundial" e afirmou que os recentes "boatos e tuites" não são favoráveis a um acordo.

 

"Está claro que as tensões entre Estados Unidos e China são uma ameaça para a economia mundial", declarou a diretora do FMI à imprensa após um discurso no Fórum de Paris sobre o endividamento dos países em desenvolvimento.

 

A organização das negociações era incerta após o anúncio de Trump no domingo sobre o aumento das tarifas aos produtos chineses de importação no valor de US$ 200 bilhões a partir de 10 de maio.

 

Trump, que se autodenominou o "Homem Tarifa", já impôs tarifas de 25% sobre US$ 50 bilhões de importações chinesas. As importações globais de aço e alumínio e os embarques de máquinas de lavar e painéis solares também estão sujeitos às taxas que Trump estabeleceu desde janeiro de 2018.

 

Mesmo após a decisão de Trump, o Ministério do Comércio da China confirmou que o vice-primeiro-ministro do país, Liu He, visitará Washington entre os dias 9 e 10 de maio para continuar as negociações comerciais com a delegação dos Estados Unidos. Esta será a décima primeira rodada de negociações sobre questões de mercado entre os países.

 

Diante deste cenário, a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) disse nesta sexta-feira que se China e os Estados Unidos não chegarem a um acordo, isso pode criar oportunidades de negócio para o Brasil com os chineses.

 

Caso os dois países firmem o acordo, uma das preocupações é que com a exportação da soja brasileira para a China. Os Estados Unidos são concorrentes no setor.

 

Tereza Cristina voltou a destacar que o Brasil também pode aumentar as vendas de carne de porco para a China, que enfrenta um surto de peste suína africana. A doença já atingiu pelo menos 20% dos rebanho chineses, maiores produtores e consumidores de carne suína do mundo.

 

Na viagem à China, a ministra apresentará ás autoridades locais listas de plantas frigoríficas brasileiras com potencial de vender para os chineses. O objetivo, segundo Tereza Cristina, é ampliar o número de habilitados para exportação.

 

A comitiva inicia ontem (6) viagem para Ásia e, além da China, passará por Japão, Vietnã e Indonésia.

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