quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Nesta quinta (10/01) a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) divulgou seu novo levantamento da safra brasileira de grãos 2018/19. O levantamento mostra que a estimativa da produção de grãos para a safra a referida safra é de 237,3 milhões de toneladas. Se comparado com a safra passada, o crescimento deverá ser de 9,5 milhões de t, o que representa um volume 4,2% superior. Já a área plantada está prevista em 62,5 milhões de hectares, um aumento de 1,2%, em relação com a safra 2017/18.
Entre os destaques do levantamento estão a soja, com projeção de crescimento de 1,7% na área de plantio e redução de 0,4% na produção, atingindo 118,8 milhões de toneladas, e o milho primeira safra, que teve aumento de 0,4% na área a ser cultivada que deve resultar em uma produção de 27,5 milhões de t.
Com este desempenho, a expectativa é que o produto tenha um aumento de 12,9% comparado a produção obtida em 2017/18, registrando uma produção de 91,2 milhões de toneladas, quando somadas as duas safras do grão. Em Goiás área cultivada com grãos continua com os mesmos 2,5% de aumento identificado no levantamento anterior com 5,44 milhões de hectares plantados no estado. Mediante os problemas climáticos ocorridos desde final de novembro de 2018, a estimativa de aumento da produção e da produtividade caíram com relação ao levantamento anterior que eram 5,7% e 8,3% respectivamente, agora a produtividade deve crescer somente 2,9% e a produção 5,5%. No estado somente a produção de arroz e feijão devem ter queda na safra 18/19.
Em se tratando do algodão em Goiás, a maior parte das áreas serão cultivadas no período da segunda safra – plantio a partir de janeiro. Os plantios de primeira safra sofreram com alterações em virtude da redução significativa do regime de chuvas. Algumas áreas já semeadas foram replantadas dentro da janela de plantio, fato que poderá não comprometer a produtividade. No começo de dezembro, as chuvas atrapalharam o plantio do algodão na região leste.
Na região sul do estado, a estiagem afetou o plantio que teve que ser paralisado, retornando posteriormente dentro da janela climática, que não afetará de forma significativa a produtividade. No momento, os produtores aguardam maior estabilidade das chuvas para fazerem o replantio. Com isso o calendário de plantio fica alterado e apesar de cedo, nota-se a expectativa de queda futura na produtividade das lavouras. Mais de 70% das áreas de algodão são financiadas pelos bancos. O plantio de mais de 60% das áreas cultivadas da pluma no estado ocorre na segunda safra. A aquisição antecipada de insumos veio com a antecipação de crédito de custeio em razão do aumento dos custos de produção que atualmente giram em torno de R$ 9.000/hectare.
Para o arroz em Goiás, a projeção para essa safra é de uma produção menor do que àquele obtida em 2017/18, devendo chegar a 95,3 mil toneladas. Essa estimativa é decorrente da menor destinação de área para o cultivo da cultura, que saiu de 21,6 mil hectares na temporada anterior para 19,7 mil hectares nesse ciclo. Já o rendimento médio esperado é similar, ficando em 4.836 kg/ha. Deverão ser produzidos no estado, entre arroz sequeiro e irrigado, cerca de 95,3 mil toneladas, 9,1% a menos que na safra anterior.
No caso do feijão 1ª safra houve registros de chuvas abundantes no leste do estado entre novembro e dezembro de 2018, acarretando alguns prejuízos em lavouras de feijão que já se encontravam em fase de floração e enchimento de grãos. Dessa forma, a expectativa de rendimento médio aponta para redução em relação à temporada passada (cerca de 15,9% menor), estando estimado em 2.100 kg/ha. Aliado a isso com a área de produção menor em 30%, a produção deverá cair 41,2% no estado com 85,2 mil toneladas.
Com relação ao milho 1ª safra muitas áreas no estado começam a entrar na fase reprodutiva. A falta de chuvas em dezembro de 2018 aliado às altas temperatura anotadas nas lavouras, causou estresse hídrico nas plantas ocasionando perdas expressivas de produtividade, porém produtores aguardavam as chuvas que ocorreram na última quinzena de dezembro para a recuperação das lavouras. Em todo o estado verificou-se a migração de área de milho verão para a cultura da soja. Áreas com milho verão em Goiás principalmente na região central e norte do estado serão destinadas para silagem e não para grãos. A perda estimada de produtividade é de 3,8% (128 sacas por hectare e média) e a produção deve se manter mais alta comparada a safra anterior com 19,1% de aumento com mais de 2 milhões de toneladas.
De acordo com a Faeg, em Goiás, na região sul e sudoeste, responsável por 90% da produção no estado, as lavouras já se encontram na fase reprodutiva, e as temperaturas altas e o veranico sinalizam comprometimento no desenvolvimento reprodutivo das lavouras e consequentemente a produtividade. Na região leste, mais de 50% das áreas estão na fase de florescimento pleno. Temperaturas altas foram registradas, porém a altitude na região ameniza o clima, especialmente no município de Cristalina. A ocorrência da inversão térmica, produzindo bastante neblina e umidade nas lavouras, criam a condição ideal para propagação da ferrugem. Na região leste, a expectativa de redução na produtividade das variedades precoces se deve à falta de luz e excesso de chuvas em novembro e ao veranico de dezembro de 2018. Em Cristalina, próxima ao Distrito Federal, muitas áreas de soja já estão na fase de enchimento de grãos, fase em que a planta é muito dependente da água no solo. Cerca de 700 mm foram registrados no município até o final de dezembro de 2018. A safra de soja em Goiás, de acordo com o levantamento, deve ter uma queda média da produtividade em torno de 6,9% (54 sacas/ha) e uma produção menor com cerca de 11,3 milhões de toneladas (-4,4%).
Fonte: CONAB – Elaboração: IFAG por Sistema FAEG/SENAR
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