terça-feira, 03 de dezembro de 2024
Redação Jornal Somos
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), durante a sua live semanal, trouxe novamente a polêmica das vacinas para os debates nacionais. Isso porque afirmou que pode autorizar a compra da vacina produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac com o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, mas não pelo preço que um "caboclo aí quer".
A Coronavac acabou se tornando o símbolo das disputas políticas entre o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o presidente, prováveis adversários na eleição presidencial de 2022. Isso porque como João Dória veio carregando sozinho a fala sobre a vacina e fez um anúncio de que faria e vacinaria sem aguardar anúncio do governo federal, acabou recebendo “baldes” de frases frias do presidente.
Para piorar, o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, marcou reunião com todos os governadores e assinou acordo das compras desta e outras vacinas, o que incluía o político paulista, e isso foi desautorizado por Jair que disse que não efetuaria a compra. Na sequência, a Anvisa suspendeu o teste da vacina por possível evento grave, situação que também foi comentada como vitória pelo presidente.(leia mais)
Ontem, quinta feira, em transmissão ao vivo em suas redes sociais, Bolsonaro voltou a falar sobre a Coronavac, e desta vez disse que autorizaria a compra caso haja comprovação da sua eficácia pela Anvisa e se o preço for acessível.
"Quem vai decidir sobre a vacina no Brasil: Ministério da Saúde, obviamente, e depois a certificação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Da minha parte, havendo a vacina, comprovada pela Anvisa e pelo Ministério da Saúde, a gente vai fazer uma compra", afirmou o presidente. "Mas não é comprar no preço que um caboclo aí quer. Está muito preocupado um caboclo aí que essa vacina seja comprada a toque de caixa. Nós vamos querer uma planilha de custo", completou.
Bolsonaro então acrescentou que vai querer saber se o país de origem da vacina, a china, "usou a vacina lá no seu país". O ainda aproveitou para justificar acusações que foram feitas as suas palavras ditas quanto à morte do voluntário na semana passada (clique e leia). O presidente afirmou que não comemorou a morte de um voluntário que participava do ensaio clínico com a Coronavac.
"Covardemente falaram que eu comemorei a morte de uma pessoa. Onde é que tem um vídeo meu, um áudio meu ou uma publicação minha neste sentido?", afirmou. "Eu colei um link de uma matéria numa resposta de terceiros no Facebook, que não estava comemorando nada também, e uma boa parte da imprensa foi no lado de que eu comemorei a morte de uma pessoa, que não esta definida ainda, parece que foi suicídio", completou.
Para fechar, hoje, sexta feira (13/11), a Comissão do Congresso Nacional que acompanha as ações de enfrentamento à Covid-19 vai realizar audiência remota, com a participação do diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, e do Instituto Butantan, Dimas Covas. O objetivo é discutir as questões técnicas e possível interferência política quando foi anunciada a suspensão dos estudos da Coronavac.
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