quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) descobriram compostos bioativos que conseguem impedir o crescimento e até gerar a morte do fungo Thielaviopsis ethacetica, que causa uma das cinco pragas mais comuns em canaviais, a “podridão abacaxi”. O estudo foi publicado na revista científica Enviromental Microbiology.
O fungo, que entra no caule das plantas pelas feridas causadas no plantio ou na colheita mecanizada, impede a germinação das mudas da cana ou atrasa o desenvolvimento delas, resultando em áreas afetadas na plantação com grandes falhas, gerando prejuízos.
Os compostos bioativos estudados foram encontrados em três bactérias que são do acervo de sete mil microorganismos do Laboratório Nacional de Biorrenováveis (LNBR). Elas foram inseridas em testes, onde foi observada a geração do impedimento total do crescimento do fungo e a sua consequente morte, o que foi confirmado por análises feitas por espectroscopia.
“Essa ferramenta é muito importante para abordar diversos desafios similares da agricultura. Devido à alta sensibilidade da técnica é possível detectar interações moleculares mesmo em microorganismos complexos como fungos”, explicou Francisco Maia, pesquisador e um dos autores do estudo.
A safra 2020-21 da cana-de-açúcar do Brasil foi responsável pela produção de 654,5 milhões de toneladas, que foram direcionadas para a produção de 41,2 milhões de toneladas de açúcar e 29,7 bilhões de litros de etanol. Os resultados obtidos com esse estudo do CNPEM podem ajudar a potencializar ainda mais a produção brasileira deste produto.
(Com informações da Agência Brasil)
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