O governo brasileiro se atentou a situação vivida por produtores de leite e anunciou medidas tributárias para contornar a queda do preço e o alto custo produtivo. Era esperado um novo imposto de importação, para barrar a entrada do laticínio dos países vizinhos. Porém, a taxa não foi proposta em uma reunião realizada pelas equipes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) nesta segunda-feira (02).

Em busca de uma solução que não impactasse as relações com o Mercosul e por consequência o mercado externo, o governo adotará medidas domésticas que tragam notícias boas para o produtor de leite. Além da compra de R$ 100 milhões em leite em pó pela Companhia Nacional do Abastecimento (CONAB) que será distribuído a redes de assistência social, o Mapa anunciou que vai intensificar a fiscalização para o combate de possíveis crimes de importação, como a triangulação, onde o produto que vem de fora do Mercosul, é trazido para cá.

Todo problema, além da solução, tem um começo. Em junho de 2022, durante o outro governo, dois decretos foram editados que permitiam o aumento das importações do leite e derivado, com o intuito de desinflar o preço no mercado interno, que estava em níveis altos na época de eleição. O decreto foi suspenso em agosto do mesmo ano, mas mesmo assim, as importações continuaram elevadas, criando uma desvalorização da produção local.

Com a situação criada, a administração atual carrega as exigências da cadeia produtiva para resolver a crise emergencial. O que resta é esperar ainda mais, para as novas medidas tributárias fazerem efeito e o leite nacional voltar a ter o seu devido valor.

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