quarta-feira, 03 de julho de 2024

Coluna Marcos Paulo: MAPA CAUSA PÂNICO SOBRE PROCEDÊNCIA FRAUDULENTA DO AZEITE EXTRAVIRGEM, MAS DEPOIS SE CORRIGE

POR Marcos Paulo dos Santos | 08/09/2023
Coluna Marcos Paulo: MAPA CAUSA PÂNICO SOBRE PROCEDÊNCIA FRAUDULENTA DO AZEITE EXTRAVIRGEM, MAS DEPOIS SE CORRIGE

Foto: Freepik

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No dia 1º de setembro, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) trouxe um resultado alarmante sobre a procedência do azeite de oliva extravirgem importado. Em uma análise sensorial feita, 84% dos azeites do tipo disponíveis no varejo não são... extravirgem. O responsável pela pesquisa, Paulo Gustavo Celso, indicou em suas palavras que “há muita propaganda fraudulenta, de produto fraudulento”. O caos foi instaurado.

 

 

Uma fraude, segundo a pasta, seria a substituição do azeite de oliva por óleo vegetal (soja, girassol ou canola) e adição de corantes e aromas não permitidos, o que poderia trazer riscos à saúde do consumidor.

 

 

Só que nesta quarta-feira (06) o MAPA soltou uma nota oficial afirmando que não foi bem uma fraude detectada e sim, uma irregularidade na classificação do tipo (extravirgem, vigem ou lampante). Então o problema seria como estes azeites estariam sendo oferecidos ao consumidor no que diz respeito ao padrão ofertado e não em sua composição. Ou seja, o azeite é legítimo, sendo originário da oliveira, porém possui diferenças de qualidade. A nota também ressalta que essa análise realizada não representa necessariamente todo o mercado brasileiro de azeite de oliva, mas sim, uma investigação pré-determinada pelas autoridades fiscais.

 

 

Um simples erro de comunicação poderia ter feito um mercado ruir e milhares de clientes abrirem processos contra fabricantes da iguaria, ainda mais vindo de uma autoridade máxima como o MAPA. A notícia de que 84% azeites de oliva extravirgem importados para o país são fraudados se espalhou feito notícia ruim nos quatro cantos da imprensa especializada. É claro que soltar uma nota de correção é importante para esclarecer o que de fato ocorreu, errar é humano. Porém, basta ver nos comentários da postagem do MAPA divulgando a nota oficial sobre o equívoco, que muita gente já comprou a sua própria verdade. Vamos ver por quanto tempo o setor vai levar para ter a sua credibilidade restaurada por conta de um ruído tão grande de informação.

 

 

Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.

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