terça-feira, 03 de dezembro de 2024
Ao observar as recentes movimentações políticas protagonizadas pela família Bolsonaro, surge uma dúvida que ecoa na minha mente: Eduardo Bolsonaro, candidato à presidência? A resposta pode não ser tão simples quanto parece, mas uma análise das ações e estratégias adotadas pela família vem dando dicas valiosas.
O ex-presidente, Jair Bolsonaro, continua adepto das transmissões ao vivo, onde compartilha suas opiniões e interage com seus seguidores. O que chama a atenção é a frequência dessas “lives” ao lado de seus filhos, notadamente Eduardo Bolsonaro. Essa proximidade não é casual, mas sim uma estratégia calculada.
Bolsonaro, ciente da necessidade de manter o espólio político construído ao longo de sua carreira, percebe que apoiar um candidato fora da esfera familiar pode representar um risco. Ao apoiar um presidente que não seja um dos seus filhos, automaticamente transfere seu capital político para essa pessoa. É uma espécie de aposta arriscada, e Bolsonaro, que está atualmente inelegível, entende que o único caminho para preservar sua influência é manter o poder na família.
Nesse contexto, Eduardo Bolsonaro emerge como uma peça-chave. Enquanto Carlos Bolsonaro enfrenta problemas judiciais, e Flávio Bolsonaro também não está isento de controvérsias legais, o 03 da família se destaca como o filho que consegue aproximar todas as frentes do bolsonarismo. Sua posição estratégica como deputado federal, é um elemento importante na consolidação do legado familiar.
A recente live, realizada no último domingo (28), com Eduardo, Flávio e Carlos evidencia a relevância dessa estratégia. A audiência alcançada superou todas as transmissões individuais do presidente Lula desde o início do atual governo. O evento não apenas lançou um programa de formação para candidatos a vereador, mas também reforçou a polarização com o PT nas eleições municipais.
Portanto, ao fazer a pergunta "Eduardo Bolsonaro, candidato à presidência?", podemos ter uma resposta que vai além das intenções pessoais do deputado. Trata-se de uma estratégia de perpetuação do poder familiar, uma forma de assegurar que a influência e o espólio político se mantenham nas mãos daqueles que compartilham o sobrenome Bolsonaro. Espero vocês aqui em 2026 para confirmarmos essa resposta!
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