quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Marcelo Camargo/Agência Brasil
A semana começou e vai terminar com a expectativa do resultado do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível. O julgamento, que começou nesta terça-feira, 27, só deve terminar na próxima quinta-feira, 06. Outro fator que causa grande expectativa é a possibilidade de pedido de vista por parte de algum juiz.
O tribunal vai decidir se houve abuso de poder político em uma reunião do ex-presidente com embaixadores estrangeiros meses antes das eleições. O ministro Benedito Gonçalves, relator do processo, votou como procedente condenar Jair Bolsonaro e torná-lo inelegível por oito anos. Placar está 1 a 0 contra o ex-presidente. Gonçalves não declarou responsabilidade do ex-vice-presidente Braga Netto.
A sessão foi retomada com o voto de Benedito, que diz em seu relatório que o ex-presidente Jair Bolsonaro cometeu erro grave de uso indevido dos meios de comunicação ao transmitir reunião com teor de descrédito ao sistema eleitoral brasileiro.
A retomada do julgamento que pode deixar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível ganhou ares de tensão e expectativa nas últimas horas desta terça-feira (27). Aliados do ex-presidente acreditam em um pedido de vista, o que adiaria o processo até setembro.
Nos bastidores, a esperança dos bolsonaristas está no ministro Raul Araújo, que nas últimas decisões vinculadas às eleições se colocou favorável à cúpula aliada de Bolsonaro, o que animou os correligionários do ex-presidente.
Além do ministro Nunes Marques, há expectativa de que Raul Araújo vote com a defesa de Bolsonaro. Se confirmado, o placar do julgamento poderá ficar em 5 a 2 e não 6 a 1 como previsto anteriormente.
O advogado Walber Agra, responsável pela acusação do ex-presidente, afirmou não acreditar em um pedido de vista. Ele ainda disse esperar que os ministros deem um 'basta' aos ataques às urnas eletrônicas. Caso se confirme a inelegibilidade de Bolsonaro na próxima quinta-feira, já que a sessão de ontem foi suspensa logo após o voto do relator, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que sua esposa, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, pode concorrer à Presidência da República em 2026.
"Se ela quiser, ela pode sair candidata. Mas o que eu converso com a Michelle é que ela não tem experiência. Para ser prefeito de cidade pequena já não é fácil. Lidar com 594 parlamentares (soma de deputados e senadores) não é fácil também. Eu acredito que ela não tem experiência para isso, mas é excelente cabo eleitoral", comentou.
Além de falar sobre Michelle, Bolsonaro comentou sobre a chance do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ser seu representante na eleição de 2026. “É um excelente gestor”, pontuou. O mais grave nesta história toda é como os políticos tratam o Brasil. A impressão deixada por eles é a de que para ser presidente do Brasil basta ter cacife político e nenhuma experiência administrativa. Chefiou um boteco, está servindo. Meu Deus, para tudo que quero descer.
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