quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Foto: Ricardo Stuckert / PR
Muitos brasileiros têm usado as redes sociais para criticar o enorme número de viagens do presidente Lula (PT) para fora do Brasil neste seu primeiro ano de governo. É importante destacar que ao longo de sua campanha e do primeiro ano de governo, o presidente Lula (PT) repetiu várias vezes que um de seus maiores objetivos em sua terceira passagem pela Presidência da República é reposicionar o Brasil internacionalmente, reconstruir relações diplomáticas, ampliar relações comerciais e parcerias estratégicas e buscar investimentos para reverter o isolamento do país durante o mandato de Bolsonaro.
De acordo com a Secretaria de Comunicação da Presidência, ao longo de 2023 Lula visitou 24 países para 27 agendas, como a COP28, em Dubai, e a participação brasileira em grandes foros multilaterais, como a ONU (Assembleia Geral e Conselho de Segurança), os BRICS, Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), G7 e G20.
No próximo ano, espera-se que o ritmo de viagens internacionais de Lula diminua, visto que se trata de um ano eleitoral muito importante para o PT, que teve em 2020 seu pior resultado no que diz respeito ao número de prefeituras conquistadas no país.
Diante disso, o presidente já anunciou que em 2024 pretende concentrar suas viagens no território nacional. As viagens de Lula, segundo a Secom, resultaram em investimentos para o Brasil, mesmo diante de um cenário global em que 30% de queda dos investimentos diretos, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
“Apenas de janeiro a outubro/2023, entraram US$ 44,9 bilhões no Brasil (mais de 220 bilhões de reais), segundo o Banco Central. Na viagem à China, por exemplo, foram fechados 15 acordos de cooperação, que podem render investimentos da ordem de R$ 50 bilhões, além de novas tecnologias. Na volta, foram fechadas parcerias que podem render até R$ 12,5 bilhões em recursos dos Emirados Árabes”, declarou a Presidência, citando parte dos investimentos obtidos para o país.
Opositores do presidente tem outro discurso. O tempo que o presidente passou fora do país e os gastos relativos às viagens, somados a algumas falas equivocadas de Lula durante as agendas, serviram de “munição” para os opositores brasileiros que garantem que a ausência do presidente dificultou o andamento de algumas negociações e articulações com o Congresso Nacional, gerando certo desgaste.
Na visão de alguns especialistas em Ciência Política, depois que a imagem do Brasil foi arranhada em diversos mercados durante o governo do ex-presidente Bolsonaro, tornou-se de suma importância o retorno do país a uma posição de protagonismo nas principais arenas de discussão internacional, entendendo assim como positiva a ausência do presidente Lula do País em boa parte do tempo neste seu primeiro ano de governo.
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