segunda-feira, 08 de julho de 2024

Coluna Cairo Santos: MAIS TEMPO NA ESCOLA OU MELHORAR A QUALIDADE DO ENSINO? EIS A QUESTÃO

POR Cairo Santos | 08/08/2023
Coluna Cairo Santos: MAIS TEMPO NA ESCOLA OU MELHORAR A QUALIDADE DO ENSINO? EIS A QUESTÃO

Foto: Agência Brasil

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O novo modelo de Ensino Médio está em vigor no Brasil há dois anos, mas ainda é alvo constante de críticas por parte de educadores. O modelo mudou, mas não garante a qualidade do que está sendo ensinado nem a permanência do aluno na escola.

 


O Ministério da Educação (MEC) propôs aumentar a carga horária da Formação Geral Básica (FGB), que são as disciplinas básicas ou obrigatórias, no novo modelo do Ensino Médio. A ideia é que a carga horária destinada a essas disciplinas passe de 1.800 para 2.400 horas.

 


A proposta está no sumário com os resultados da consulta pública sobre o tema, divulgado nesta segunda-feira (7). Mais de 150 mil pessoas enviaram contribuições, entre março e julho.

 


O novo modelo de Ensino Médio está em vigor há dois anos, mas tem sido alvo de críticas. Secretários de educação, por exemplo, defendem uma redução no tempo destinado às matérias optativas para aumentar a carga horária das disciplinas obrigatórias.

 


Quando o Novo Ensino Médio foi aprovado em 2017, o modelo previa 3.000 horas-aula ao fim dos três anos de curso.

 


Destas, 1.800 eram para as disciplinas obrigatórias, e 1.200 para as optativas.

 


Segundo o governo, a consulta pública indicou uma "posição majoritária de críticas" sobre o tempo destinado à Formação Geral Básica e a necessidade de uma maior clareza em relação aos itinerários formativos, que abrangem as disciplinas optativas. Diante disso, o MEC propôs as seguintes soluções

 


• Carga horária destinada às disciplinas básicas obrigatórias de 2.400 horas, podendo haver exceção no caso dos cursos técnicos, estabelecendo mínimo de 2.200 horas;
• Incluir espanhol, arte, educação física, literatura, história, sociologia, filosofia, geografia, química, física, biologia e educação digital entre as disciplinas obrigatórias;
• Reduzir o número de itinerários formativos, que passam a se chamar "percursos de aprofundamento e integração de estudos".
No caso dos itinerários formativos, a redução seria de cinco para três áreas temáticas. Atualmente, os itinerários são: Matemáticas e suas Tecnologias; Linguagens e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Ciências Humanas e Sociais Aplicadas; e Formação Técnica e Profissional.

 


Com a mudança, os itinerários dariam espaço aos percursos de aprofundamento e integração de estudos, que serão divididos em:

 


1. Linguagens, Matemática e Ciências da Natureza.
2. Linguagens, Matemática e Ciências Humanas e Sociais.
3. Formação Técnica e Profissional.

 


O governo quer evitar que os estudantes, principalmente os mais pobres, desistam dos estudos antes da conclusão do ensino médio.
Uma das sugestões feitas na consulta pública seria a criação de uma bolsa ou poupança para estudantes vulneráveis matriculados no ensino médio.
Em resposta, o Ministério da Educação afirmou que vai elaborar uma proposta para promover a permanência dos estudantes. Importante discutir o tema, mas nunca é demais lembrar sempre daquela regrinha básica: o que vale é a qualidade não a quantidade. Quem não concorda que se manifeste.

 

 

 

Esse texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos. 

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