quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Foto: Freepik
Para você que está com uma dívida pequena, mas mesmo assim não consegue pagar e tem visto ela só crescer, respire fundo que a solução está chegando.
Em elaboração desde o início do ano para aliviar a situação de pessoas endividadas, o Programa Desenrola terá a medida provisória (MP) publicada ainda esta semana, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta segunda-feira (5). Segundo ele, a MP será editada agora para permitir a entrada em vigor do programa em julho.
O programa de renegociação de pequenas dívidas, explicou Haddad, será limitado a famílias que ganhem até dois salários mínimos e estejam devendo até R$5 mil. O “Desenrola”, informou o ministro, deverá beneficiar cerca de 30 milhões de pessoas. Nos últimos meses, o lançamento do programa foi adiado sucessivas vezes porque a B3, a bolsa de valores brasileira, estava elaborando o sistema informático para os credores aderirem às renegociações. Apesar de o programa estar atrelado à vontade das empresas credoras, o ministro se disse otimista em relação ao “Desenrola”.
“O programa depende da adesão dos credores, uma vez que a dívida é privada. Mas nós entendemos que muitos credores quererão participar do programa dando bons descontos justamente em virtude da liquidez que vão obter, porque vai ter garantia do Tesouro [Nacional]”, comentou Haddad.
Em troca de participar da negociação, a empresa credora terá garantia do Tesouro caso o devedor não consiga honrar os compromissos. Para Haddad, o fato de o Tesouro cobrir eventuais calotes incentivará os credores a oferecerem o máximo de desconto possível aos devedores.
Segundo Haddad, bancos oficiais, como o Banco do Brasil, participarão do programa. Ele disse que a instituição financeira considerou positiva a modelagem do “Desenrola” e estimou que o programa terá sucesso. O ministro afirmou que bancos privados também estão interessados em aderir ao programa. Mesmo considerando o valor máximo a ser negociado pequeno é a grande oportunidade de devolver ao mercado mais de 30 milhões de pessoas hoje sem crédito impedidas de ir às compras. Por fim, no meu entendimento, é uma ação que beneficia os dois lados, credores e devedores que ganham mais um cliente.
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