quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Marcelo Camargo/Agência Brasil
A vida pós-presidência da República não tem sido nada fácil para Jair Bolsonaro (PL). Todo dia um problema novo. Investigações da Polícia Federal identificaram diversos depósitos em dinheiro vivo de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O militar segue detido desde o último dia 3 de maio suspeito de articular um esquema de fraude em certificados de vacinação durante a pandemia da Covid-19.
A operação policial trabalha com a suspeita de um possível esquema de desvio de recursos e rachadinha no Palácio do Planalto durante a gestão do ex-presidente do Brasil.
Apesar de citada nas na investigação, a defesa do ex-mandatário e da ex-primeira-dama nega qualquer tipo de irregularidade e afirma que tem "absoluta convicção que todos os pagamentos referentes ao dia a dia da família eram feitos com recursos próprios".
Durante as investigações, a PF encontrou imagens de sete comprovantes de depósitos enviados via WhatApp por Cid às assessoras de Michelle Bolsonaro.
"A análise também identificou seis comprovantes de depósitos para a primeira-dama Michelle Bolsonaro no período de 8/3/2021 até 12/05/2021, realizados por meio de depósitos fracionados em caixas eletrônicos de autoatendimento e um comprovante de depósito em espécie, possivelmente no atendimento presencial. Os comprovantes foram localizados tanto no grupo de WhatsApp da Ajudância de Ordens da Presidência da República, quanto em trocas de mensagens", diz a Polícia Federal.
De acordo com o órgão, os repasses chegam a R$ 8.600,00. A investigação aponta, ainda, que os depósitos de Cid a Michelle usavam um método comum nos casos de rachadinha feitos para dificultar a identificação de irregularidades: eram realizados de maneira fracionada e em valores pequenos.
Pelos depósitos terem sido feitos em dinheiro vivo, a PF ainda não conseguiu descobrir qual a origem dos valores. No entanto, o inquérito apura pagamentos provenientes de desvios de recursos públicos, por exemplo.
Além dos depósitos fracionados às assessoras de Michelle, a Polícia Federal também identificou uma transferência bancária no valor de R$ 5.000,00, em julho de 2021, feita de forma de direta de Mauro Cid para ex-primeira-dama.
Após a revelação do caso pela investigação, o ministro do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou a quebra do sigilo bancário do ex-ajudante de Bolsonaro e de outros servidores compunham o quadro que trabalhava na Ajudância de Ordens da Presidência.
A VACINA CONTINUA
O Ministério da Saúde informou que 16 milhões de pessoas já receberam a vacina bivalente contra a covid-19. Toda a população acima de 18 anos pode ser imunizada, o equivalente a cerca de 97 milhões de pessoas. Ainda falta muita gente se imunizar visto que o público alvo é de 97 milhões.
Pode tomar a dose bivalente quem recebeu, pelo menos, duas doses de vacinas monovalentes (Coronavac, Astrazeneca ou Pfizer) no esquema primário ou reforço. A dose mais recente deve ter sido tomada há quatro meses. Quem está com dose em atraso, pode procurar também as unidades de saúde.
O estado com a maior quantidade de doses aplicadas, até o momento, é São Paulo, onde mais de 5 milhões foram vacinados, seguido por Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
A campanha de imunização com a vacina bivalente teve início em fevereiro, voltada para os grupos prioritários, como idosos, gestantes e pessoas com deficiência ou imunocomprometidas. Em abril, o governo federal ampliou a dose de reforço bivalente para todo público com mais de 18 anos.
“A estratégia da dose de reforço é feita porque, passado um tempo, a resposta do organismo cai e um novo contato com a vacina eleva sobremaneira a efetividade da prevenção contra o coronavírus. Pesquisas já realizada apontam, por exemplo, que as doses de reforço desempenham um papel fundamental na prevenção de óbitos por Covid-19”, informa o ministério.
A pasta orienta ainda que, além da vacina bivalente, as pessoas tomem outras vacinas que estejam atrasadas.
GOIANOS ENGAJADOS NO TRANSPLANTE DE ORGÃOS
Assunto ainda pouco discutido no Brasil apesar da enorme relevância, o transplante de órgãos e tecidos continua sendo tabu para muitas famílias. Muitos acreditam que ao autorizar a retirada de órgãos pode virar alvo de quadrilhas de contrabando de órgãos.
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) registrou aumento de 89% no número de transplante de órgãos e tecidos de janeiro a abril de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado. O número de doadores também avançou.
O total de transplantes de órgãos e tecidos subiu de 137 para 259, do primeiro quadrimestre de 2022 para o mesmo período deste ano. Já o número de doadores registrou um total de 29, o que representa aumento de 52,6% em relação aos 19 doadores do período anterior.
Foram realizados 193 transplantes de córneas (aumento de 107%), 50 de rins (78,5%) e 12 de medula (140%). Houve ainda dois transplantes de músculo esquelético (queda de 77,7%), e dois de fígado, mesma quantidade registrada no mesmo período de 2022.
Em relação os doadores, o destaque foram para a doação de tecido ocular, com total de 137, um aumento de 65% na comparação com os 83 do quadrimestre anterior.
Também houve incremento dos órgãos captados, com 64 rins (aumento de 56%), 13 fígados (30%) e 285 córneas (53,2%). A recusa familiar é de 67,6%. Em relação à fila de espera, há 1.455 para córneas, 300 para rins e 3 para fígado, com um total de 1.808 pessoas aguardando por um transplante. Vale a pena entrar nesse debate e ter como lema principal a quantidade de vidas salvas com um gesto simples de autorizar a doação.
Jornal online com a missão de produzir jornalismo sério, com credibilidade e informação atualizada, da cidade de Rio Verde e região.