quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Foto: Mario Roberto Duranorti
Congressistas brasileiros estão recebendo neste inicio de ano verba que totaliza mais de R$ 40 milhões e que tem como justificativa uma situação que não encontra amparo na realidade. Quase todos os 513 deputados federais e 27 senadores da legislatura que teve início em 1º de fevereiro, além dos que encerraram seus mandatos em 31 de janeiro, embolsaram ou embolsarão R$ 39,3 mil brutos a titulo de ajuda de custo para se mudar para Brasília ou para fazer o caminho inverso, de volta aos estados de origem.
Desse total, cinco senadores e cerca de 280 deputados federais reeleitos receberam ou receberão duas cotas da verba mudança, uma pelo fim da legislatura passada e outra pelo início da atual, somando R$ 78,6 mil extras neste inicio de ano. A verba mudança é paga até mesmo aos deputados federais e senadores eleitos por Brasília e que já moravam lá. É sempre bom lembrar que essa verba é um extra, fora do salário regular do parlamentar. Isso é uma vergonha.
SUSTO ECONÔMICO
O ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, anunciou a suspensão temporária das exportações de carne brasileira à China após um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (mal da “vaca louca”) num animal macho de 9 anos ao ser registrado em uma pequena propriedade no município de Marabá (PA).
No entanto, o ministro afirma que o diálogo com as autoridades chinesas está sendo intensificado para demonstrar todas as informações e o restabelecimento do comércio da carne brasileira.
Segundo o Mapa, o Brasil comunicou à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e as amostras foram enviadas para o laboratório de referência da instituição em Alberta, no Canadá, que poderá confirmar se o caso é atípico.
O animal, criado em pasto, sem ração, foi abatido e sua carcaça incinerada no local. O serviço veterinário oficial brasileiro está realizando a investigação epidemiológica que poderá ser continuada ou encerrada conforme o resultado. O susto na economia é enorme visto que a China é um dos principais compradores do Brasil e a suspensão das exportações trará prejuízo incalculável à economia brasileira.
FRATERNIDADE E FOME
Com o tema Fraternidade e Fome, a Campanha da Fraternidade deste ano quer chamar a atenção para a situação de mais de 33 milhões de pessoas que estão em situação de fome no país, de acordo com a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional. A campanha, lançada ontem (22) pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), é inspirada no lema bíblico, extraído de Mateus 14, 16: “Dai-lhes vós mesmos de comer!”.
“A emergência sobre o assunto fez com que, pela terceira vez, a CNBB assumisse a realização de uma Campanha da Fraternidade que trouxesse luz ao tema, buscando fomentar ações, em todos os níveis, para minimizar os impactos desta realidade na vida do povo brasileiro”, disse a entidade.
Lançada em 1964, a Campanha da Fraternidade é um modo de a igreja celebrar o tempo da Quaresma, com oração, jejum e caridade, associados à reflexão e ação sobre um tema específico.
No lançamento da campanha, o papa Francisco enviou um vídeo com uma mensagem ao Brasil, expressando o desejo de que a reflexão sobre o tema da fome entre os católicos brasileiros no tempo da Quaresma seja “uma atitude constante de todos que nos comprometem com Cristo, presente em todo aquele que passa fome”. No dia 2 de abril, quando será celebrado o Domingo de Ramos, a igreja realiza a Coleta Nacional da Solidariedade. Do total arrecadado, as dioceses enviam 40% ao Fundo Nacional de Solidariedade, gerido pela CNBB, ação responsável pelo atendimento a projetos sociais em todo território brasileiro. A outra parte, 60%, permanece nas dioceses para atender projetos locais, pelos respectivos Fundos Diocesanos de Solidariedade. Cada dia mais no Brasil religião e política estão caminhando mais próximos. A participação religiosa na eleição do ano passado foi extremante presente, vamos ver agora a participação religiosa no seu terreno, a solidariedade.
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