quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Foto: Divulgação
Muito antes do fatídico 11 de setembro de 2001, um caso parecido ganhava os noticiários brasileiros. Repleto de diversos casos aeronáuticos, esse pelo menos teve um final feliz, e ganhou um filme.
29 de setembro de 1988, o vôo 375 da extinta Viação Aérea São Paulo (a famosa VASP) decolava do aeroporto de Porto Velho, ainda de madrugada, e tinha como destino final o Rio de Janeiro. Até chegar à Cidade Maravilhosa, o voo 375 tinha quatro escalas previstas: em Cuiabá, Brasília, Goiânia e Belo Horizonte, nessa ordem.
Após a decolagem do último trecho da viagem, porém, tudo mudou... Em apenas 20 minutos, tudo mudou. Um dos passageiros, o maranhense Raimundo ‘Nonato’ Alves da Conceição, de 28 anos, anunciou que a aeronave estava sequestrada. Portando uma arma calibre 32, Nonato (vivido por Jorge Paz no filme) rendeu piloto e copiloto. Seu plano era promover um atentado contra o Palácio do Planalto, em Brasília. Nas palavras do sequestrador, a intenção era “acertar as contas” com o então presidente da República, José Sarney.
Diante da situação atípica, o comandante Murilo precisará tomar decisões sob pressão e comunicar a torre de controle (Roberta Gualda) passo a passo do que ocorre dentro da aeronave sem o sequestrador perceber.
Vale ressaltar que impressiona a qualidade técnica da produção, desde a música assinada por Plínio Profeta à construção de um cenário 360° para causar um efeito prático totalmente imersivo que, visto na tela grande do cinema, dá de mil em qualquer outro filme de tensão em um avião.
Observa-se que a produção de arte se empenhou em recriar os elementos do final da década de 1980, tanto nos objetos quanto no cabelo, na maquiagem e no cenário, que ajuda o espectador a imergir num tempo em que o dinheiro brasileiro não valia nada e a inflação, altíssima, acelerou o desemprego e a fome logo após o fim dos anos de chumbo.
Baseado numa história real de um herói que impediu uma grande tragédia, ‘O Sequestro do Voo 375’ vai da ação ao thriller com uma sequência final de tirar o fôlego. Filme pra ver na tela grande, tal qual o aclamado “Top Gun – Maverick”, de preferência numa sala 4DX ou IMAX.
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De acordo com a presidente da equipe, Kenia Leite, o objetivo é figurar entre as 5 melhores equipes da competição.