quarta-feira, 03 de julho de 2024

Brasil

Coluna Bento Junior: ATÉ ONDE VESTÍGIOS DE UM CRIME PODEM SER APAGADOS?

POR Bento Júnior | 05/02/2024
Coluna Bento Junior: ATÉ ONDE VESTÍGIOS DE UM CRIME PODEM SER APAGADOS?

Foto: Reprodução

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Suzane Louise von Richthofen, esse nome ficou nacionalmente conhecido em outubro de 2002, quando a jovem de 18 anos convenceu o então namorado (Daniel Cravinhos) e o então cunhado (Christian Cravinhos) a assassinarem os pais dela, Manfred e Marísia von Richthofen. Dado inicialmente como latrocínio, o “Caso Richthofen” à época ganhou muita repercussão, principalmente pelo desenrolar e a descoberta da participação de Suzane, Daniel e Christian no caso.

 

Dentre os principais envolvidos no caso, direta ou indiretamente, os irmãos von Richthofen estiveram mais na mídia do que os irmãos Cravinhos. Suzane e Andreas se envolveram em algumas controversas nos últimos 22 anos. Ela até mais que o irmão, que acabou sendo a maior vítima de toda essa história. Entre as polêmicas de Suzane, esteve o casamento com outra detenta da penitenciária de Tremembé, conhecida como “Sandrão”, o relacionamento com Rogério Olberg, conhecido como "Alemão" e o recente matrimônio com o médico Felipe Zecchini Muniz, de 39 anos.

 

Outro ponto que chamou muito a atenção entre os que cometeram o crime, é que Suzane e Daniel solicitaram a retirada de seus sobrenomes que ficaram famosos, na esperança de se desassociar do crime. Daniel Cravinhos de Paula e Silva agora é Daniel Bento de Paula e Silva, sendo o primeiro a tentar apagar os vestígios do nome pelo qual ficou conhecido. Em dezembro de 2023 quando assinou a união estável com Felipe, e antes do filho do casal nascer, Suzane mudou seu nome para Suzane Louise Magnani Muniz, com os sobrenomes da avó materna e do marido respectivamente.

 

Junto a casos como o “Nardoni”, o “Yoki”, o “Flordelis”, o “Elisa Samúdio”, o “Eloá” e o “Daniela Perez”, o Richthofen marcou muito o imaginário brasileiro, tendo inclusive uma trilogia de filmes contando as versões de Suzane, de Daniel e da investigação, com a atriz Carla Diaz no papel da garota que matou os pais. Mas até onde se consegue “esconder o passado”?

 

Muitos criminosos famosos tentam esconder o seu passado de crimes, ou por arrependimento verdadeiro, ou por cautela (por não quererem mais serem associados a seus crimes). Alguns tentam seguir a vida de alguma forma, como a própria Suzane, e até a Elize Matsunaga que vinha trabalhando como motorista de aplicativo em Franca, ou o goleiro Bruno que voltou a atuar na posição anos após o crime. Mas será que essa tentativa de esconder o passado vale a pena?

 

Há, claro, casos e casos. Em relação à Suzane por exemplo a justificativa é que ela está tentando ser melhor aceita na família do marido, mas se fosse com alguém da sua família, que mesmo mudando de sobrenome, você soubesse que essa pessoa mandou e ajudou a matar os pais, como você reagiria? Agora fica a questão, há algo mais nessa movimentação da fratricida dos von Richthofen? Acompanhemos se haverá ou não novas atualizações sobre a história dela que será sempre conhecida por seu nome de batismo, Suzane von Richthofen, a menina que matou os pais...

 

 

Este texto não reflete necessariamente a opinião do Jornal Somos.

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