A rivalidade histórica entre Corinthians e Palmeiras torna previsível a emoção que envolve o embate. Apesar disso, o fato emocionante do jogo da noite desta quarta-feira (3) ocorreu, sim, em campo, mas não estava necessariamente relacionado aos times ou ao empate de 2 a 2. A verdadeira comoção foi devida a arbitragem do clássico, que foi feita pela primeira vez por uma mulher: Edina Alves Batista.

O comando do dérbi foi encerrado com sucesso. Além de entrar para a história como a primeira mulher a apitar um Corinthians e Palmeiras, Edina recebeu elogios não somente da equipe de transmissão do canal Premiere FC, mas também dos torcedores, que são, certamente, os “jurados” mais severos quando o assunto é criticar o trabalho dos árbitros.

O jogo, válido pelo Campeonato Paulista, ocorreu em meio à uma forte chuva e em um local provocativo, uma vez que o Corinthians decorou sua Neo Química Arena com afrontas ao seu rival sobre a campanha realizada no Mundial de Clubes, vista por muitos, como decepcionante.

A arbitragem só se mostrou mais intensa nos minutos finais, quando houve um princípio de confronto entre os jogadores. Ao todo, foram marcadas 27 faltas, sendo 15 ao Corinthians e 12 ao Palmeiras, 4 cartões amarelos aplicados, sendo dois para cada time, 8 impedimentos realizados e 1 gol anulado.

Toda essa atuação de Edina ainda rendeu análise positiva de comentaristas. “O árbitro sabe (quando vai bem), olha a forma como os jogadores vão cumprimentar. Foram oito impedimentos marcados, todos acertados, um gol anulado, grandes decisões de área. Boa arbitragem da Edina. Que seja gravado esse jogo e mostrado como aula para os demais árbitros”, pontuou o ex-árbitro de futebol e atual comentarista, Sálvio Spinola.

Não é a primeira vez que a árbitra vivencia momentos inéditos. Recentemente, ela integrou o primeiro trio de arbitragem feminino a administrar uma partida oficial da Fifa no futebol masculino, no Mundial de Clubes, no Catar, onde apitou a disputa do quinto lugar entre Al Duhail (Catar) e Ulsan (Coreia do Sul). Em 2019, Edina foi a primeira a apitar uma partida da Série A do Brasileiro após 14 anos sem a atuação de mulheres na arbitragem.

(Com informações da CBF, do Globo Esporte e do Goal)