quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada-CEPEA publicou uma matéria que é capa da revista Hortifruti Brasil deste mês. A publicação mede o grau de competitividade das frutas brasileiras mais exportadas pelo Brasil. Baixos custos, qualidade, profissionalização e um calendário de oferta ao longo do ano muito competitivo são os destaques para explicar a posição de destaque do País.
O Brasil vem se tornando cada vez mais competitivo no cenário internacional das frutas, especialmente para mamão, manga, melão, lima ácida e melancia. O País está entre os 10 maiores exportadores dessas frutas no mundo. O destaque é para o mamão, sendo o segundo maior exportador e a fruta brasileira mais competitiva frente aos demais exportadores-concorrentes.
O final do ranking fica para as frutas brasileiras menos competitivas: uva, maçã e banana. A alta concorrência externa, principalmente no caso da uva e da maçã, no qual os grandes compradores também são produtores, limitam muito a expansão das exportações nacionais.
Esse perfil de competitividade avaliado pelo Hortifruti/Cepea mostra que o País vem ganhando mais espaço, principalmente em frutas de nicho de mercado na Europa e Estados Unidos, como mamão, manga e lima ácida. Esse grupo de fruta não faz parte do hábito diário de consumo nesses países. Assim, mesmo que o Brasil apresente boas taxas de crescimento dessas frutas, o menor tamanho de mercado externo limita um aumento de receita compatível com os cinco maiores exportadores.
Para 2018, a projeção do Hortifruti/Cepea indica que a receita com os embarques deve somar US$ 740 milhões, 3% acima da obtida em 2017, mas inferior aos US$ 2 bilhões arrecadados por ano pelos cinco maiores exportadores de frutas do mundo (Estados Unidos, Equador, China, Chile e Espanha). Banana, uva e maçã são as frutas mais comercializadas por esses grandes exportadores.
Mesmo assim, a publicação destaca que as apostas nesses nichos de mercado ainda é a maior força que o País tem no comércio exportador. Assim, quanto mais promoções e diversificação de mercados compradores forem conquistados, mais o Brasil pode crescer no comércio externo. Claro que os tradicionais entraves – infraestrutura precária, baixo investimento em tecnologia e poucos incentivos governamentais –, se minimizados, também garantem uma força extra!
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