quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Celular Seguro: app do governo que visa inibir roubos, terá desafios para cumprir finalidade

POR Bento Júnior | 19/12/2023
Celular Seguro: app do governo que visa inibir roubos, terá desafios para cumprir finalidade

Foto: Reprodução

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O Celular Seguro, serviço com o qual o governo federal pretende inibir roubos de smartphones, poderá, num primeiro momento, ajudar a bloquear o acesso de bandidos à linha telefônica e a aplicativos de bancos ao notificar terceiros sobre crimes.

 

Mas ainda não será capaz de fazer dos aparelhos "um pedaço de metal inútil" na mão dos bandidos, como pretende o Ministério da Justiça e Segurança Pública. A ferramenta já está disponível para navegadores como Google Chrome e Microsoft Edge neste link – veja como usar – e ganhará aplicativos para Android e iPhone (iOS) na quarta-feira (20).

 

Com o Celular Seguro, quem tiver o celular roubado ou furtado poderá avisar de uma vez várias instituições parceiras do governo, como a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e bancos. A partir de informações divulgadas pelo ministério, o g1 ouviu especialistas para entender o que pode ser positivo e quais são os desafios para que o serviço alcance a finalidade pretendida. Confira os principais pontos levantados:

 

  • A proposta prevê que quem se cadastrar previamente e tiver o celular roubado, furtado ou perdido poderá registrar uma "ocorrência" no aplicativo;
  • O alerta será enviado, ao mesmo tempo, para operadoras de telefonia e bancos que participam da iniciativa;
  • Se a ideia se cumprir, a vítima perderá menos tempo para entrar em contato com cada instituição;
  • Por outro lado, não há garantia de bloqueio imediato. A associação de operadoras de telefonia fala em até 6 horas para encaminhar o pedido às operadoras e mais 1 dia útil para a linha ser bloqueada. Alguns bancos participantes citam bloqueio imediato, mas outros têm prazo de até meia hora, a partir do recebimento do alerta feito pelo app.
  • Outra questão é que os aparelhos não ficarão totalmente inutilizados. Para isso, seria preciso que os sistemas também fossem bloqueados, mas entre os principais desenvolvedores, apenas o Google (dono do Android) é citado como parceiro. Ao g1, Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça, disse que a pasta está conversando com a Apple, dona do iOS, que é o sistema operacional dos iPhones.

O diretor de tecnologia da empresa de telecomunicações Sage Networks, Thiago Ayub, disse que o esforço é bem-vindo, mas lembrou que outras iniciativas já foram burladas por criminosos. "Se burla semelhante ocorrer novamente, essa nova iniciativa terá sua eficácia reduzida", disse.

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