segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Brasil

Catarina: conheça a história do primeiro e único furacão a passar pelo Brasil

POR Ludmilla Menezes | 10/10/2024
Catarina: conheça a história do primeiro e único furacão a passar pelo Brasil

Imagem: CPTEC/INPE. Adaptado por: SDC/SC

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O primeiro e único furacão — até agora — a passar pelo Brasil, foi o Catarina em 2004, que atingiu o Sul de Santa Catarina e o Litoral do Rio Grande do Sul entre os dias 27 e 28 de março. Segundo os especialistas, a formação do fenômeno meteorológico desafia as condições climáticas de toda a América do Sul.

 

A costa brasileira não reúne condições para a formação desse tipo de evento climático. Começando pela temperatura do Oceano Atlântico que atinge a máxima de 26 ºC. Para que um furacão se forme, é preciso que a temperatura oceânica seja superior a 27 ºC com pressão mais baixa e a combinação de ventos fortes.

 

O evento climático de 2004, começou como um ciclone extratropical a mil quilômetros da costa brasileira, foi adquirindo um formato circular aos poucos, com a formação de um olho no centro onde se transformou no Furacão Catarina. Quando atingiu o Sul do país os ventos chegaram a 150 km/h.

 

Segundo Climatologistas, o Brasil tem a ocorrência de ciclones extratropicais e subtropicais, por isso que a formação do Furacão Catarina surpreendeu “autoridades do Governo Federal, Estadual, técnicos e especialistas”, como afirma a Secretaria de Estado de Santa Catarina.

 

 

Era madrugada de sexta-feira, 27 de março, para sábado, 28 de março de 2004, quando o Furacão Catarina atingiu a costa sul do Brasil, causou danos significativos para a região Sul catarinense e o Litoral Norte do estado gaúcho, onde deixou 11 pessoas, 14 municípios em estado de emergência um rastro de 1500 casas destruídas.

 

 

De acordo com a equipe de meteorologia da Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina (SDC), o furacão chegou a provocar ventos de até 180 km/h na região continental de Balneário Arroio do Silva, e fortes chuvas. Além disso, segundo dados do Banco Mundial e do Centro de Estudos e Pesquisas em Engenharia e Defesa Civil (CEPED UFSC), 250 mil pessoas foram afetadas, 26.443 desabrigados e desalojados, caracterizando 211,4 milhões de danos e prejuízos. 

 

 

O impacto do Furacão Catarina não se limitou apenas aos danos materiais. Esse evento também destacou a necessidade de melhor compreensão e preparação para fenômenos meteorológicos extremos em Santa Catarina, já que não havia estrutura de Estado preparada para atender o ocorrido. 

 

O nome do furacão

 

Na América Central e na América do Norte, o fenômeno furacão é algo frequente, por isso os norte-americanos seguem uma sequência e escala com regras para nomear tempestades. 

 

Essas regras, na época, não valiam por aqui. Por isso, dar nome ao fenômeno que atingiria o Sul catarinense em março de 2004 ficou a cargo da equipe de  meteorologia da Epagri/Ciram que nomeou o Catarina. 

 

A lista de possíveis nomes foi variada. Mas como a trajetória do furacão seguiria o Litoral de Santa Catarina, a equipe limitou as possibilidades a duas: Anita ou Catarina.

 

Com informações Secretaria de Santa Cataria, Climatempo, Engeplus, Defesa Civil, Centro Nacional de Furacões, NOAA

 

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