Alessandra Tonieti, uma publicitária de 52 anos, compartilhou sua experiência de luta contra o transtorno de bipolaridade. Durante aproximadamente uma década, ela buscou tratamento com um médico particular, mas o diagnóstico estava equivocado. A doença acabou custando seu emprego e a levou a recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS), uma transição que ocorreu há quatro anos.

No decorrer dos primeiros seis meses de 2023, o SUS registrou 335.025 consultas relacionadas a transtorno de bipolaridade e depressão, representando 73,6% de todas as consultas realizadas em 2022 (totalizando 454.769 consultas) e um aumento notável de 172,7% em relação a 2018, quando foram registradas 205.848 consultas.

Entenda o passo a passo para iniciar o tratamento no SUS:

• Comece procurando a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência e agende uma consulta com um clínico geral ou médico de família. Em situações de crise de pânico, risco ou tentativa de suicídio, ou sempre que o paciente ou sua família perceberem riscos significativos, o paciente deve se dirigir diretamente a um pronto-socorro ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde receberá atendimento inicial e, se necessário, será encaminhado.
• Na consulta na UBS, o médico avaliará a gravidade do quadro e decidirá se o tratamento pode ser conduzido na UBS ou se é necessário encaminhamento para uma avaliação mais aprofundada por um psiquiatra no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).
• Caso seja encaminhado ao CAPS, o paciente passará por uma consulta com um psiquiatra, que determinará o tipo de tratamento a ser seguido, que pode envolver medicamentos, terapia ou uma combinação de ambos. Além disso, serão identificados outros especialistas que possam ser necessários, como nutricionistas e psicólogos. Com base nessa avaliação, a pessoa poderá ser encaminhada para terapia individual ou em grupo, conforme necessário.