quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Capitais suspendem vacinação da 1ª dose por falta de imunizante e governo federal publica novo cronograma

POR | 17/02/2021
Capitais suspendem vacinação da 1ª dose por falta de imunizante e governo federal publica novo cronograma

Redação Jornal Somos

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Desde o primeiro anúncio da campanha de vacinação contra a Covid, o Ministério da Saúde, avisou que seria recomendado que as doses de vacinas fossem gerenciadas a 1ª e 2ª dose para os cidadãos dentro das remessas já acordadas. Desta forma, as secretarias sempre dividiram em dois cada remessa, para aplicar 1ª e 2ª dose dentro dos prazos garantidos pela fabricantes para melhor eficácia.

 

 

Entretanto, paralelamente foi cobrado ao Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, por toda a comunidade de líderes públicos e áreas da saúde, que se fizesse novas aquisições de doses, além de variedade de fabricantes, para conseguir atender o máximo de grupos prioritários com maior agilidade.

 

 

O resultado atual é que a falta de novas remessas de doses de vacina contra o Covid-19 atualmente tem levado capitais brasileiras a suspender a imunização da população - ou a anunciar a paralisação para os próximos dias. As primeiras a tomarem essa atitude foram Salvador e Cuiabá, ontem mesmo (terça-feira – 16/02)  e hoje foi a vez da cidade do Rio. Outra localidade foi a prefeitura de Curitiba que anunciou que a campanha segue só até sexta-feira. Em Florianópolis e em Fortaleza, não colocou data limite, mas já avisou o fim das doses. Veja uma ilustração montada pelo G1 com informações de secretaria municipais:

 

 

Ontem mesmo, a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) cobrou do governo federal um cronograma de entrega de doses com prazos e metas estipulados para a vacinação de cada grupo: por faixa etária, doentes crônicos, categorias de profissionais. A Frente divulgou um texto em que afirma que "os sucessivos equívocos do governo federal" estão diretamente ligados à escassez e à falta de doses de vacinas em cidades de todo o País. O presidente da entidade, o prefeito Jonas Donizette, afirma que os prefeitos fizeram a sua parte.

 

"Houve eficiência na aplicação da vacina, ou seja, aquilo que os prefeitos e as cidades se propuseram a fazer foi feito e bem feito e num ritmo bem acelerado. Agora, o problema da escassez quem tem de resolver é o Ministério da Saúde."

 

Para hoje, quarta-feira (17/02), é prevista mais cobranças dos governadores ao ministro da Saúde sobre a necessidade de um calendário que assegure a entrega de novas doses das vacinas aos estados. A reunião entre o ministro e os chefes de Executivo estaduais está marcada para às 15h, justamente para tratar do tema.

 

 

Ainda ao final do dia de ontem, o Ministério da Saúde se apressou em divulgar um cronograma de compra de vacinas CoronaVac que, de acordo com a pasta, abastecerá o país até setembro. Segundo o órgão, além de uma totalidade de 46 milhões de doses já contratadas, o governo federal assegurou outras 54 milhões. O contrato teria sido assinado pela Fundação Butantan na noite da última segunda-feira. Veja ilustração a seguir com os detalhes.

 

 

 

 

Antes da última publicação, No site do Ministério da Saúde é indicado que foram entregues à pasta 10,7 milhões de vacinas contra a covid até o momento. Dessas, são 8,7 milhões da Coronavac, do Instituto Butantan/Sinovac, e 2 milhões da Universidade de Oxford/AstraZeneca. Cobrado sobre o assunto, o ministério prevê receber mais 9,3 milhões de Coronavac e 4 milhões da vacina de Oxford ainda este mês. A data exata, no entanto, não é informada. Já em março, a pasta diz que vai receber mais 18,1 milhões de doses do Butantan e 23,3 milhões de Oxford - sendo 2,65 milhões via Consórcio Covax, da Organização Mundial de Saúde (OMS). Pressionada, a pasta também formalizou nesta terça-feira a compra de mais 54 milhões de doses da Coronavac. Segundo o ministério, nesta semana há, ainda, previsão de fechar contrato para 10 milhões de doses da Sputnik V, da Rússia, e 10 milhões da Covaxin, da Índia.

 

 

(Com informações do G1, Terra e Correio Braziliense)

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