quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Nesse ano a pré campanha está sendo feita com menos dados disponíveis sobre a intenção de voto do eleitor. Os registros de pesquisas públicas relacionadas à eleição presidencial no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tiveram queda de 37% em relação a 2014. De primeiro de janeiro a 26 de junho de 2018 foram registradas 88 pesquisas no âmbito nacional sobre a eleição presidencial. Há 4 anos, eram 139 nesse mesmo período.
O número não inclui pesquisas realizadas apenas para o uso interno, embora alguns dos levantamentos registrados no TSE tenham sido feitos a pedido de partidos políticos. Conforme relatos colhidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, o número de pesquisas eleitorais este ano será menor por dois motivos: a mudança do financiamento eleitoral que agora proíbe contribuição de empresas.
A diminuição significa uma dificuldade maior para as coordenações de campanha capturarem tendências entre os eleitores e planejarem suas estratégias. Legendas pequenas, com pouca participação no fundo eleitoral, tem buscado se referenciar pelas pesquisas públicas, como as realizadas por Datafolha e Ibope e por monitoramento de redes sociais.
A redução ocorre também em relação as pesquisas de consumo interno que não são divulgados em meios de comunicação. Há candidatos que não fizeram nenhuma até o momento.
O Psol, que contratou apenas uma pesquisa neste ano, tem medido tendências por meio de monitoramento das redes sociais feito pela própria equipe ''com o dinheiro do fundo, temos mais recursos que nas últimas eleições, mas uma pesquisa programada. Estamos negociando contratos mais longos com empresas voltadas para redes sociais'', afirmou o presidente do partido, Juliano Medeiros.
Em situação de empate técnico com o líder das pesquisas de intenção de votod, Jair Bolsonaro (PSL), no cenário sem o ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a campanha da pré candidata Marina Silva (REDE) afirma não ter orçamento suficiente para bancar pesquisas próprias.
''Nós estamos nos guiando pelos resultados públicos. No momento, não temos recursos para isso'', afirmou Andrea Gouvea Vieira, coordenadora da campanha. A legenda não considera as redes sociais uma boa fonte para substituir pesquisas por não haver uma análise científica, e não leva em conta esses dados no momento da decisão.
Em 2014, a campanha da presidente cassada, Dilma Rousseff (PT) gastou R$11,3 milhões em pesquisas, segundo a prestação de contas apresentada ao TSE. Já o Diretório Nacional e Comitê Financeiro Nacional para a presidência da República do PSDB destinou cerca de R$ 9 milhões para este fim.
As pesquisas realizadas em âmbito estadual para eleições de governadores, senadores, deputados também tiveram uma queda. Em 2014, haviam sido realizadas 278 pesquisas em todos os Estados, no mesmo período de 2018, foram 173, redução de 37,8%.
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