sábado, 20 de abril de 2024

Butantan cogita exportar vacinas ou negociar com estados e municípios se Ministério da Saúde não indicar compra

POR Ana Carolina Morais | 28/01/2021
Butantan cogita exportar vacinas ou negociar com estados e municípios se Ministério da Saúde não indicar compra

BOBBY FABISAK/JC IMAGEM

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Após pressão realizada, nesta quarta-feira (27), pelo o Instituto Butantan, ao Ministério da Saúde, pedindo que o órgão sinalize se irá adquirir o lote extra com 54 milhões de doses da CoronaVac produzidas no país, alegando que na ausência de posicionamento, teria de exportar os imunizantes, o Instituto retornou ao assunto, hoje, quinta-feira (28), por meio de seu diretor, Dimas Covas, afirmando que também poderá negociar diretamente com estados e municípios do Brasil.

 

 

O conflito ocorre porque o governo federal precisa realizar a solicitação formal para adquirir o lote extra de imunizantes, que já está previsto em contrato com a pasta da Saúde. De acordo com nota emitida pelo Ministério na noite de ontem (27), o órgão irá se pronunciar no prazo final do contrato. “O Contratante [Ministério da Saúde] possui até o dia 30 de maio para manifestar sua opção de compra das 54 milhões de doses adicionais. Deve-se nesse momento priorizar o cumprimento do objeto contratado”, informou.

 

 

O Instituto Butantan, no entanto, ressalta que apesar de possuir um primeiro comprometimento com o governo, também está recebendo uma imensa quantia de outras solicitações. “Temos esse compromisso inicial com o Ministério [da Saúde] de oferta de 54 milhões [de doses de CoronaVac]. Mas nós temos uma solicitação muito grande, não só dos países da América Latina, como também de estados e municípios. Então precisamos de fato fazer esse planejamento. (...) O Butantan tem assinado cartas de intenção com a grande maioria dos estados e com muitos municípios”, afirmou Dimas Covas em entrevista ao canal televisivo GloboNews.

 

 

O diretor do Butantan foi questionado sobre a possível pressão que o Instituto estaria exercendo sobre o Ministério da Saúde, uma vez que o prazo de manifestação irá se encerrar ainda no dia 30 de maio, e argumentou que a necessidade de posicionamento se deve não somente pela alta demanda do imunizante, mas também pelo dever de se efetuar um planejamento que garanta os insumos.

 

 

“É necessário que o ministério [da Saúde] se pronuncie porque estamos no fim de janeiro, e esta produção estaria prevista para o início de abril, portanto, não haverá tempo para negociarmos com a nossa parceria em relação à matéria-prima se não houver essa manifestação. É apenas essa a questão. Não estamos pressionando de forma alguma, lembrando que essa é uma vacina mundial, não é só para o Brasil. É uma vacina para o mundo inteiro. Ela já está sendo usada em vários países, começa a ser usada ainda mais intensamente nesta semana no Chile, e então a demanda está muito aquecida e precisamos nos preparar”, explicou Dimas Covas.

 

 

(Com informações do G1)

 

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