domingo, 02 de novembro de 2025
Foto: Reprodução
A discussão sobre o uso de glitter comestível em bolos e doces ganhou destaque nas redes sociais após a Anvisa emitir um alerta sobre os riscos desse tipo de produto. A polêmica começou depois que o influenciador Dario Centurione publicou um vídeo mostrando que alguns glitters vendidos como “comestíveis” continham, na verdade, polipropileno micronizado (PP) — um tipo de plástico usado em embalagens, mas proibido em alimentos.
Em nota, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária reforçou que o uso de qualquer tipo de plástico em alimentos é proibido, inclusive em pós decorativos usados em bolos, cupcakes e sobremesas. Segundo a Anvisa, esses materiais só podem ser aplicados em objetos decorativos não comestíveis, como enfeites de festas.
O glitter comestível é, legalmente, um alimento. Por isso, deve trazer no rótulo a lista de ingredientes — como açúcar, amido, gomas e corantes alimentícios —, além do número de registro na Anvisa ou a menção “Dispensado de Registro”. Já o glitter decorativo é feito de plástico (PET, poliéster ou PVC) e deve conter a advertência “NÃO INGERIR”. No entanto, em muitos casos, essa informação aparece de forma discreta, o que gera confusão.
A Anvisa considera irregular qualquer produto que contenha substâncias não permitidas, como o polipropileno micronizado. Assim, um doce com esse tipo de pó decorativo é considerado impróprio para consumo. Além do risco de ingestão de microplásticos, há também o perigo químico, já que corantes de uso artesanal podem conter metais pesados e toxinas acima do limite seguro.
De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, tanto o fabricante quanto o confeiteiro podem ser responsabilizados se o produto usado for irregular. O fabricante responde por colocar no mercado um item inadequado ou com rotulagem enganosa, e o confeiteiro por utilizar ingredientes não autorizados.
Especialistas orientam que, antes de usar glitter comestível, o profissional verifique:
A orientação da agência é clara: brilho em bolo só se for 100% alimentício. O uso de glitter com plástico é considerado irregular e pode causar riscos à saúde e punições sanitárias.
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