quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revelou que o Brasil tem o maior percentual de famílias endividadas desde o início da série histórica, em janeiro de 2010.
Em comparação com o mesmo período do ano passado houve uma alta de mais de 10 pontos percentuais, alcançando em abril, 77,7% de famílias com contas a vencer, como prestação de imóvel ou carro, compras parceladas no cartão de crédito ou empréstimo pessoal.
Cerca de 17,8% se declararam muito endividados, essa porcentagem está atrás apenas da registrada em julho de 2011.
O levantamento apontou ainda que 21,5% das famílias chegaram ao fim do quadrimestre entre janeiro e abril com mais de 50% da renda comprometida com o pagamento de dívidas. Esse foi o maior percentual desde janeiro de 2021.
“Com orçamentos pressionados pela inflação persistentemente alta e (média de) 30,2% da renda comprometida com o pagamento de dívidas, a proporção de famílias com contas/dívidas atrasadas teve o maior incremento mensal desde março de 2020. Endividamento segue apontando alta”, revelou a pesquisa.
Quase três em cada dez famílias possuem dívidas ou contas em atraso no mês de abril, um percentual de 28,6%.
O índice registrado em abril é um novo recorde, sendo 0,8 ponto percentual maior do que no mês anterior. O indicador ainda é 4,4 pontos a mais do que o patamar registrado antes da pandeia de Covid-19. Ainda segundo a pesquisa, 10,9% das famílias afirmaram que não têm condições de pagar as dívidas.
Dos inadimplentes, as famílias mais pobres são as mais impactadas. Na renda de até dez salários mínimos, cerca de 31,9% possuem contas em atraso, o maior nível da série histórica.
O índice também é alto no grupo que recebe mais de dez salários mínimos, sendo 13,5%, o maior patamar desde abril de 2016.
Nas duas faixas de renda analisadas, o principal tipo de dívida é o cartão de crédito. A modalidade foi a única que apresentou alta no mês de abril, sendo 1,8 ponto percentual em comparação a março.
A proporção de endividados no cartão de crédito é maior entre as famílias com renda mais elevada, 91,6%. De acordo com a CNC, a retomada do consumo por esse grupo se justifica especialmente pela categoria de serviços.
Entre as famílias envidadas com renda até de dez salários mínimos a proporção é de 88,1%.
O tempo da dívida caiu. Segunda a CNC, a modalidade do cartão de crédito está associada ao consumo de curto prazo. O tempo de comprometimento com dívidas recuou em abril e chegou a sete meses.
Cerca de 25% das famílias estão endividadas no período de até três meses. O número de famílias com contas a pagar por mais de um ano caiu, alcançando o patamar de 32,9%. O tempo de atraso na quitação de dívidas dos inadimplentes reduziu de 62,4 para 62,1 dias.
Com informações da CNN
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