quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Apesar dos diversos casos que andam acontecendo e cerca de 9 países do surto do vírus originado na China, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu não declarar este surto como uma situação de emergência global, após uma reunião que se estendeu por dois dias.
Mesmo com o vírus chegando a outros países, é cedo para tomar tal medida de acordo com a OMS, porque o número de casos notificados fora da China é pequeno, foram 12 de um total de 584 até agora – e o vírus aparentemente não está se espalhando dentro destes países.
"A transmissão parece estar limitada a familiares e profissionais que cuidaram dos pacientes. Não há evidências de transmissão entre pessoas fora da China, mas isso não significa que não vá acontecer", afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS,
"Não se enganem. Isso é uma situação de emergência na China. Ainda não se tornou uma emergência global de saúde. Mas pode vir a se tornar."
Os coronavírus são uma ampla família de vírus, mas sabe-se que apenas sete deles infectam humanos. Eles podem causar desde um resfriado comum até a morte. O novo vírus aparentemente está em algum lugar no meio do caminho entre esses dois extremos.
No momento, nenhum caso do 2019-nCoV foi confirmado no Brasil — e, segundo o governo federal e epidemiologistas ouvidos pela BBC News Brasil, mesmo que isso ocorra, o risco é baixo de que haja um surto por aqui.
Nesta quinta-feira (23), o Ministério da Saúde anunciou que as cinco possíveis suspeitas notificadas desde 18 de janeiro por Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e pelo Distrito Federal foram descartadas.
Segundo a pasta, os casos não atenderam aos critérios clínicos (febre e mais algum sintoma respiratório) e epidemiológicos (ter viajado para Wuhan ou ter entrado em contato com um paciente suspeito ou confirmado) estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a identificação de suspeitas.
O secretário de Vigilância em Saúde, Júlio Croda, disse que até o momento foram detectadas transmissões entre pessoas apenas em Wuhan, por isso, ter passado pela cidade é considerado um aspecto crítico para identificar uma suspeita.
As autoridades chinesas pediram na quarta-feira (22), para que os cidadãos deixassem de entrar e sair de Wuhan e que a população local evite aglomerações. Tanto esta cidade como a vizinha Huanggang, estão sofrendo uma espécie de quarentena, com suspensão do transporte público.
Governo não fará triagem em aeroportos e portos
Também foi anunciada pelo ministério a instalação de um Centro de Operações de Emergência para tratar do surto do novo coronavírus, que irá operar no primeiro dos três níveis de gravidade possíveis.
O grupo realizará reuniões diárias para monitorar o 2019-nCoV e trabalhar junto aos serviços de emergência do país para que eles estejam preparados se a situação se agravar.
Ainda foi dito na pasta que, por enquanto, não será feita triagem de passageiros para identificar pessoas que possam ter os sintomas do vírus, como passaram a fazer países como Estados Unidos, Reino Unido e Indonésia.
"A própria Opas (Organização Panamericana de Saúde) disse em um comunicado que não há evidências científicas de que fazer esse tipo de triagem seja uma medida de controle efetiva, porque o paciente pode chegar sem sintomas", afirmou Croda.
O vírus tem um período de incubação – o tempo entre a exposição ao vírus e o surgimento dos primeiros sintomas — estimado em 14 dias. Ele causa febre, tosse, falta de ar e dificuldade em respirar.
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