sábado, 23 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O novo ministro da Defesa, o general da reserva Walter Braga Netto, publicou nesta terça-feira (30), em seu primeiro ato público à frente da pasta, um texto intitulado como “Ordem do Dia Alusiva ao 31 de Março de 1964”, enaltecendo o golpe militar de 1964, classificando o acontecimento como uma “pacificação do país” realizada pelas Forças Armadas.
A atitude de Braga Netto, em aprovação ao golpe de 64, ocorre em meio aos temores de que sua transferência para o ministério da Defesa, junto à saída dos atuais comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica, seja uma estratégia do presidente Jair Bolsonaro para aumentar a politização e a sua influência dentro das Forças Armadas.
Em seu pronunciamento, o general da reserva afirma que, na época, havia uma ameaça verdadeira à paz e à democracia, e que por isso, os brasileiros se movimentaram às ruas, com apoio da imprensa, de lideranças políticas, igrejas e empresários. Segundo ele, as Forças Armadas tiveram a responsabilidade de pacificar o Brasil para garantir as liberdades democráticas atuais.
Não foi citado, no texto, os 21 anos em que os militares se seguraram no poder após a realização do golpe, nem as atitudes duras impostas durante o regime militar, como o AI-5, à perseguição de políticos e a censura à imprensa e à liberdade de expressão.
A conclusão do pronunciamento de Braga Netto foi que o movimento de 64 faz “parte da trajetória histórica do Brasil” e que “assim devem ser compreendidos e celebrados os acontecimentos daquele 31 de março”. Com isso, este é o terceiro ano consecutivo em que o governo realiza ordem do dia alusiva ao golpe militar.
(Com informações do G1 da CNN Brasil)
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De acordo com a presidente da equipe, Kenia Leite, o objetivo é figurar entre as 5 melhores equipes da competição.