quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Imagem: reuters
Em apenas uma semana, um boto foi encontrado morto por dia na região do Lago Tefé no Amazonas. Nesta semana, a carcaça de um filhote foi descoberta na margem arenosa do lago, exposta pelo recuo das águas devido à seca na região. Em 2023, mais de 200 animais da espécie ameaçada de extinção morreram no Lago Tefé, um afluente do Rio Solimões, por causa da alta temperatura da água.
“Nós temos encontrado vários animais mortos. Na semana passada nós tivemos uma média de um por dia”, afirmou a chefe do projeto de pesquisa em mamíferos aquáticos amazônicos no Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, Miriam Marmontel, para a Reuters.
Por enquanto, os especialistas não veem ligação entre as altas temperaturas das águas e a morte dos animais. “Nós ainda não estamos associando com a mudança da temperatura da água, a temperatura excessiva, mas à exacerbação da proximidade entre as populações humanas, principalmente pescadores e os animais", avaliou Miriam.
Segundo ela, o ambiente lacustre é muito restrito e fica ainda mais raso com a seca. "O canal tem dois metros de profundidade, talvez 100 metros de largura, no máximo. E todos os animais estão concentrados nessa área e é por esse mesmo canal que passam todas as embarcações que estão acessando Tefé. Desde uma rabeta até uma balsa pesada e grande.”
De qualquer forma, segundo Miriam Marmontel, a temperatura da água tem sido constantemente monitorada.
Com informações Reuters e Agência Brasil
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