sábado, 23 de novembro de 2024

Brasil

Bolsonaro se manifesta 43 horas após final das eleições de 2º turno

POR Thaynara Morais | 01/11/2022
Bolsonaro se manifesta 43 horas após final das eleições de 2º turno

Redação Jornal Somos

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O presidente Jair Bolsonaro, se manifestou nesta terça-feira (1º/11), após derrota nas eleições de domingo. O executivo se manteve em silêncio durante mais de 43 horas após o anúncio do Tribunal Superior Eleitoral, fazendo um proncunciamento pouco depois das 16:30 horas. Em sua fala, em pronunciamento ao vivo para todas as emissoras do país, o presidente disse apresentou um tom ameno e de aceitação quanto aos resultados apresentados no último domingo, como já havia sido avisado por alguns ministros, apoiadores e filho que fizeram falas antes do próprio presidente.

 

 

"Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populaes são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como ionvasão de propriedade, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir", afirmou o presidente que ainda completou "Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais. Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição".

 

Ontem, na manhã desta segunda-feira (31), o presidente Jair Bolsonaro (PL), deixou o Palácio da Alvorada ainda sem se manifestar oficialmente sobre a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mais de 15 horas após o resultado das urnas. É esperado um pronunciamento do presidente ainda hoje, porém a agenda oficial segue em aberto.

 

 

Bolsonaro ficou isolado e em silêncio no Palácio da Alvorada desde domingo (30). O presidente deixou o local por volta das 09h30 em direção ao Palácio Planalto em um comboio de quatro carros.

 

 

A imprensa estava na saída do local e solicitou pronunciamento de Bolsonaro, no entanto ele passou direto.

 

 

Nesta segunda, aliados mais próximos começaram a chegar à residência oficial. O filho do presidente, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), entrou no Alvorada às 07h35. Meia hora antes, o tenente-coronel e ajudante de ordens Mauro Cid havia acessado o local.

 

 

O candidato a vice-presidente, general Braga Netto (PL), chegou ontem, segunda-feira, por volta das 09h. Assim como os demais, ele não parou para conversar com a imprensa. O comboio de carros saiu logo após Braga Netto se juntar aos demais.

 

 

Jair Bolsonaro é o candidato derrotado que mais demorou a reconhecer a vitória do adversário em uma eleição presidencial. Mesmo sem manifestação do presidente, estradas são fechadas em pelo menos 11 estados e no Distrito Federal.

 

 

No domingo, Bolsonaro acompanhou a apuração no palácio, e quando ministros chegavam, eram informados de que ele estava dormindo, como foi o caso do ministro das Minas e Energia, Adolfo Sachsida.

 

 

 

Conselhos

 

Ministros e líderes do Centrão aconselha Bolsonaro a evitar confrontos com Lula, e focar em cuidar do capital político para as eleições municipais.

 

 

De acordo com as lideranças, Bolsonaro tem mais a perder do que ganhar, já que é alvo de várias investigações no Supremo Tribunal Federal (STF), e seus filhos também enfrentam inquéritos no Ministério Público.

 

 

“Bolsonaro precisa agir em duas frentes. Cuidar pessoalmente dele e de seus filhos, que são alvos de investigações. E do seu grupo político, que, mesmo derrotado, saiu com força das eleições deste ano, conquistando o principal Estado do país, São Paulo”, avaliou ao blog do Valdo Cruz, um ministro ligado diretamente ao presidente da República.

 

 

De acordo com o que foi apurado por coluna da Uol, participam das reuniões os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Célio Faria (Secretaria de Governo), além do candidato a vice derrotado, general Braga Netto.

 

 

De acordo com os ministros diretos do presidente, ele precisa ler os sinais que foram emitidos após o resultado de domingo. Alguns aliados dele já reconheceram a vitória de Lula. Entre eles o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e o governador eleito de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas.

 

 

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