quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Bolsonaro responde Mourão após vice presidente afirmar que "lógico que vai" comprar a Coronavac

POR | 31/10/2020
Bolsonaro responde Mourão após vice presidente afirmar que

Redação Jornal Somos

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Ontem, sexta feira (30/10), a revista Veja publicou uma entrevista com o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) na qual ele afirma que a polêmica em torno da vacina contra covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan é "briga política" com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Segundo Mourão, "é lógico que o governo federal vai comprar doses do imunizante". "Já colocamos os recursos no Butantan para produzir essa vacina. O governo não vai fugir disso aí." A fala de Mourão à Veja difere do posicionamento de Jair Bolsonaro sobre o assunto. Em diversas ocasiões, o presidente já disse que não irá comprar a vacina. Ele chegou a desautorizar um acordo feito pelo Ministério da Saúde de intenção de compra de 46 milhões de doses da Coronavac. Além disso, Bolsonaro vem tendo embates públicos com Doria sobre a obrigatoriedade da imunização. Doria defende a imunização compulsória no Estado. Já Bolsonaro diz que a vacinação contra covid-19 não será obrigatória.

 

 

Mais uma vez o presidente discordou das falas de seus páreos. No momento do embarque, ontem à Guarujá (SP), junto com sua filha, em entrevista à TV Record, Jair afirmou que "a caneta bic é minha". Já o vice-presidente, em visita ontem à Salvador, não comentou sobre o assunto. Ainda dentro da entrevista dada à revista nacional, ao explicar por que não se incomoda quando opiniões suas são rebatidas publicamente pelo presidente Jair Bolsonaro, o vice-presidente sustentou que "tem vida", compartilhando na entrevista o que chamou de "momentos de liberdade": fazer alongamento e exercício de manhã, comer fora de casa e tomar uísque com sua esposa às sextas-feiras e, no sábado, jogar voleibol e "jogar conversa fora" no boteco. "Domingo saímos para almoçar ou vou à casa do meu filho para um churrasco", relatou. Entretanto não se pode negar que apesar das negativas de Bolsonaro, a vacina está sendo desenvolvida no Brasil e com recursos acompanhados pelos órgãos de Saúde.

 

 

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciou ontem também que autorizou a importação de matéria-prima para o início da produção local da CoronaVac, a vacina contra a covid-19 desenvolvida e testada pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac. O pedido havia sido feito em 23 de setembro pelo Butantan, que tem a previsão de usar os insumos vindos da China para produzir 40 milhões de doses em sua fábrica em São Paulo. A instituição acredita ser possível que as doses estejam à disposição até dezembro. Além disso, já foi liberada a importação de 6 milhões de doses produzidas pela Sinovac, que devem chegar a São Paulo na próxima semana. Em nota, a Anvisa confirmou que concedeu a liberação dos insumos em "caráter excepcional". A decisão foi tomada no Circuito Deliberativo da agência, que permite a votação virtual dos diretores sobre temas de grande relevância. O grupo se reuniu ontem e hoje. A Anvisa também fez questão de esclarecer que a CoronaVac ainda não tem registro no Brasil. "Os estudos ainda estão em andamento e não existe previsão de data para a vacinação", informa a nota.

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