Nesta sexta-feira (30), em seu penúltimo dia no cargo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um pronunciamento ao vivo através de suas redes sociais.

Durante sua live de despedida, o presidente criticou pela primeira vez a ação de George Washington de Oliveira, preso em flagrante suspeito de colocar uma bomba em um caminhão próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília.

De acordo com Bolsonaro “nada justifica essa tentativa de ato terrorista”. “Um elemento que foi pego, graças a Deus, com ideias que não coadunam com nenhum cidadão”, acrescentou, enquanto também criticava a classificação do suspeito como “bolsonarista”.

“Hoje em dia se uma pessoa aí comete um deslize, crime ou fazer algo reprovável pela sociedade, ou que não está de acordo com as leis, é bolsonarista”, disse o presidente.

Acampamentos em frente a QGs

O presidente comentou também sobre os acampamentos de apoiadores em frente a quartéis-generais do Exército em cidades do país.

Bolsonaro disse que as manifestações são espontâneas e não são lideradas por ninguém. Ele afirmou que não tem participação nos atos.

"Eu não participei desse movimento. Eu me recolhi", afirmou Bolsonaro.

O presidente, se dirigindo a seus apoiadores disse: “Não vamos achar que o mundo vai acabar no dia 1º.”.

Ele também negou a ideia de “vamos para o tudo ou nada”. “Não tem ‘tudo ou nada”, declarou antes de pedir que seja feita oposição com “inteligência” ao futuro governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“[Vamos] mostrar que somos diferentes do outro lado”, completou.

Balanço do mandato

De acordo com Bolsonaro foram feitos em sua gestão a queda no preço dos combustíveis em 2022, flexibilização nas regras de acesso a armas de fogo e avanço na economia.

"Vou dizer que fui o melhor presidente do mundo? Não vou dizer. Mas dei meu sangue", disse.

Ele também citou os imprevistos que ocorreram em seu mandato, como a pandemia de Covid e a guerra entre Rússia e Ucrânia.