sábado, 23 de novembro de 2024

Bolsonaro publica que vacina chinesa 'Não será comprada' depois de governadores anunciarem que iria

POR | 21/10/2020
Bolsonaro publica que vacina chinesa 'Não será comprada' depois de governadores anunciarem que iria

Redação Jornal Somos

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Após o anúncio do Ministério da Saúde e dos governadores de todos os estados ontem ao final do dia, terça feira (20/10) de que o governo tinha a intenção de compra de 46 milhões de doses da Coronavac, uma das que estão em estágio mais avançado no mundo através da Sinovac Biotech. O presidente Jair Bolsonaro escreveu na manhã de hoje, quarta feira (21/10) em resposta a comentários de apoiadores em sua conta no Facebook, que o governo federal não comprará a vacina do laboratório chinês. As respostas vieram no vídeo em que compartilhou parceria firmada com investidores americanos.

 

 

No Brasil, a empresa chinesa mantém parceria com o governo de São Paulo e com o Instituto Butantan, responsável por coordenar as pesquisas e fabricar a vacina, caso ela tenha resposta imunizatória e seja aprovada pela Anvisa. Bolsonaro prometeu que “tudo será esclarecido hoje” e garantiu que não comprará a vacina. Em resposta a um de seus seguidores, que acusou o ministro da Saúde de traição, o chefe do Executivo disse que “qualquer coisa publicada, sem qualquer comprovação, vira traição”.

 

 

 

 

No anuncio feito ontem durante a reunião entre governadores de todos os estado e o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a União tinha intenção de comprar 46 milhões de doses da CoronaVac, vacina do Instituto Butantan produzida em parceria com a empresa chinesa Sinovac. Com isso, o governo federal iria investir R$ 2,6 bilhões até janeiro. Assim como as demais vacinas testadas no Brasil, a CoronaVac está em fase de testes e sua eficácia ainda precisa ser comprovada antes que o uso seja liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 

 

Segundo Pazuello, quando a vacina for aprovada, as doses serão distribuídas a todo o Brasil por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), que há décadas já garante o sucesso das campanhas nacionais de vacinação. “Temos a expertise de todos os processos que envolvem esta logística, conquistada ao longo de 47 anos de PNI. As vacinas vão chegar aos brasileiros de todos os estados”, garantiu.

 

 

Antes do anúncio de ontem, a previsão do ministério era ter 140 milhões de doses no primeiro semestre de 2021: 40 milhões via iniciativa COVAX Facility, liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS); e100 milhões de doses via AstraZeneca/Oxford (além dessas doses, no segundo semestre, governo deve produzir 165 milhões de doses deste imunizante). Até reunião anterior realizada com os secretários estaduais de Saúde de todo o país na semana passada, o governo federal não havia incluído a CoronaVac no programa nacional de vacinação.

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