Em mais um momento de ataque e declaração direta a imprensa brasileira, o presidente Jair Bolsonaro foi hoje, terça feira (05), até os jornalistas e apoiadores à frente do Palácio do Planalto com uma edição da Folha de São Paulo emitir sua opinião sobre matéria publicada pela empresa jornalística. Antes de falar com a imprensa, conversou com os apoiadores.

Na sequência, já chegou afirmando que era "jogo rápido" e que iria "dizer uma coisa" e já iria embora. O assunto foi uma reportagem da Folha publicada ontem na coluna "Painel", da jornalista Camila Mattoso, sobre a superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro  que seria um foco de interesse da família Bolsonaro.

Então, ele mostrou o jornal em suas mãos, leu o título da capa (manchete) do jornal e disse: "Que imprensa canalha a Folha de São Paulo, canalha é elogio para a Folha de São Paulo, o atual superintendente do RJ que o Moro disse que eu quero trocar, por questões familiares, não tem nenhum parente meu investigado pela PF, nem eu, nem meus filhos, zero, é uma mentira, repete e replica o tempo todo, dizer que meus filhos querem trocar o superintendente, para onde é que está indo o superintendente do RJ? Para ser o diretor executivo da PF. Ele vai sair da superintendência, são 27 superintendentes dos diretores do Brasil, para ser diretor executivo. Eu tô trocando ele? Eu tô tendo influência sobre a PF? Isso é uma patifaria".

Ao final desta fala, alguns profissionais da comunicação rebatem sua fala e ele impera: "Cala a boca, eu não te perguntei nada, Folha de São Paulo, um jornal patife e mentiroso. Ele está saindo a convite do atual diretor geral, não interferi em nada. E será o 02"

A expressão cala a boca foi repetida três vezes enquanto finalizava sua fala. E seguiu aos ataques afirmando que a imprensa precisa "ter vergonha na cara", e já finaliza com a expressão "passe bem" e vai embora.