quinta-feira, 21 de novembro de 2024
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou com uma queixa-crime contra Walter Delgatti Neto, o hacker da Vaza Jato, acusando-o de calúnia. A ação foi desencadeada após Delgatti alegar publicamente durante seu depoimento à CPI do 8 de janeiro que Bolsonaro o teria instigado a assumir a autoria de um grampo ilegal contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes.
A defesa de Bolsonaro, representada por Paulo Amador da Cunha Bueno, caracteriza as declarações de Delgatti como falsas e tendenciosas, levando à decisão de processá-lo por calúnia. A queixa-crime, apresentada ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, argumenta que há elementos suficientes para sustentar a acusação, dispensando a abertura de um inquérito.
A queixa-crime afirma que Delgatti divulgou informações inverídicas que prejudicaram a reputação de Bolsonaro, uma vez que suas declarações foram amplamente divulgadas pela mídia. A defesa do ex-presidente também alega que o hacker erroneamente imputou a Bolsonaro a prática de interceptação telefônica ou telemática sem autorização judicial.
O processo penal foi encaminhado ao 3º Juizado Especial Criminal de Brasília para avaliação. Além dessa acusação, Delgatti também afirmou que Bolsonaro esteve envolvido em ações contra o processo eleitoral de 2022, embora não tenha apresentado evidências. Delgatti recentemente foi condenado a 20 anos de prisão e multa devido à invasão das contas de autoridades no Telegram em 2019.
Jornal online com a missão de produzir jornalismo sério, com credibilidade e informação atualizada, da cidade de Rio Verde e região.