quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Brasil

Bolsonaro informa que testou negativo para o coronavírus após 19 dias com a doença

POR Ana Carolina Morais | 27/07/2020
Bolsonaro informa que testou negativo para o coronavírus após 19 dias com a doença

Redação Jornal Somos

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O presidente Jair Bolsonaro informou, por meio de rede social, que testou negativo para Covid-19. O anúncio de sua recuperação foi realizado no último sábado (25) e o presidente estava com a enfermidade há 19 dias, desde 07/07. O ciclo comum do vírus é de 14 dias. Ele já havia passado por quatro exames, todos positivos, antes deste último, o qual não foi divulgado a imagem, mas apenas sua postagem na internet, onde escreveu “RT-PCR para Sars-Cov 2: negativo. Bom dia a todos”.

 

 

Após a publicação informando que não está mais infectado pelo novo coronavírus, Bolsonaro saiu de moto por Brasília, acompanhado de seguranças. Durante o passeio, o presidente realizou uma parada em loja no Setor de Indústria e Abastecimento (SAI), onde foi visto sem máscara, assim como um de seus seguranças, mesmo sendo determinada a obrigatoriedade do uso de máscara em locais públicos, sob pena de R$ 2 mil, conforme Decreto do governo local do Distrito Federal.

 

 

Ao sair da loja, o presidente já de máscara, afirmou que se não tivesse efetuado o teste, não saberia que havia contraído a Covid. “Não senti nada. Nem no começo. Se não tivesse feito o teste, nem saberia que tinha contraído o vírus”. No entanto, Bolsonaro também havia relatado, no dia 07, ao testar positivo, que havia apresentado febre de 38 graus, entre outros sintomas gripais, como tosse, mal-estar e cansaço.

 

 

Nova queixa é apresentada contra Bolsonaro no Tribunal Penal Internacional

 

No domingo (26), uma nova queixa contra Bolsonaro foi apresentada no Tribunal Penal Internacional (TPI). Desta vez, ele foi denunciado por profissionais da saúde devido a sua atuação como presidente da República durante a pandemia de Covid-19. Já existem quatro representações criminais nestes mesmo tribunal contra o chefe do Executivo, sendo três acusando-o de crime contra a humanidade por suas ações durante a crise sanitária e a outra por “crimes contra a humanidade e atos que levam ao genocídio de comunidades indígenas e tradicionais” do país.

 

 

A recente ação foi protocolada por uma coalização sindical de trabalhadores da saúde e endereçada à procuradora-chefe da Corte, Fatou Bensouda. O pedido ainda precisa ser analisado e aceito, e a Advocacia-Geral da União (AGU) informou que só irá se manifestar após ser intimada.

 

 

“A materialidade dos crimes cometidos está devidamente confirmada, vez que se denota do exposto que as ações e omissões do senhor Presidente da República afetam de forma grave, a saúde física e mental da população, colocando-a a situação de risco à um vírus de alta letalidade e, com capacidade de disseminação incontrolada com risco de morte ou sequelas irreversíveis. Esse comportamento irresponsável e afrontoso às orientações das autoridades internacionais de saúde, com a exposição de milhões de pessoas é crime contra a humanidade”, relata o documento da ação.

 

 

O TPI se localizada em Haia, nos Países Baixos, e julga violações graves de direitos humanos, como genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra. Há duas semanas, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), havia alertado Bolsonaro sobre o risco de o Brasil ser questionado no Tribunal pela política de combate à Covid.

 

 

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