quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) amenizou o discurso fervoroso que vinha fazendo em defesa da hidroxicloroquina.
A mudança aconteceu, ontem, quarta feira (15/07), no final da tarde, durante transmissão ao vivo do Palácio da Alvorada. O chefe do Executivo chegou a destacar o fato de não haver comprovação científica de que o medicamento seja eficiente no combate à Covid-19. Bolsonaro disse, também, que não faz campanha para o remédio e disse não recomendá-lo.
"Eu não recomendo nada. Eu recomendo que você procure o seu médico e converse com ele. O meu, no caso, médico militar, foi recomendado a hidroxicloroquina e funcionou. Tô bem, graças a Deus. O futuro vai dizer se esse remédio é eficaz ou não. Pra mim, foi. Credito a ele. E se for, muita gente encaminhou contrário, gente com responsabilidade, então a história vai dizer quem estava certo no futuro e a quem cabe qualquer responsabilidade sobre parte das mortes. Não estou aqui para orientar ninguém a tomar esse ou aquele medicamento. Procure o seu médico desde o início dos sintomas", disse o presidente antes de anunciar que ainda está infectado com o novo coronavírus, já que realizou um segundo teste para Covid ontem.
Bolsonaro afirmou que se sentiu melhor após tomar o fármaco. Segundo o capitão reformado do Exército, ele teve febre de 38 graus, cansaço e dores musculares antes da começar o uso da hidroxicloroquina.
“Coincidência ou não, sabemos que não tem nenhuma comprovação científica, mas deu certo comigo. No mais, não existe nenhum medicamento ainda no mundo que tenha comprovação científica constatada. Então, é uma situação de observação, que deu certo comigo, deu certo com muita gente. Muitos médicos dizem que a hidroxicloroquina funciona. Não estou fazendo nenhuma campanha para o medicamento, afinal de contas, o custo é baratíssimo e, talvez, por causa disso, que tem muitas pessoas contra. E outras, parece, por questões ideológicas, parece”, acusou.
A mudança teria como suposto motivo o medo de que ele seja denunciado no Tribunal Internacional de Haia, na Holanda. O alerta foi feito a Bolsonaro por Gilmar Mendes, numa conversa que os dois tiveram na segunda feira (13/07). Já existe uma representação feita à Procuradoria-Geral da República, pelo deputado Rogério Correia, do PT, para que Bolsonaro seja investigado por improbidade administrativa, por incentivar e determinar o aumento de produção da cloroquina, embora a substância não tenha eficácia comprovada.
Paulo Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, recebeu na manhã de hoje, quinta feira (16), o resultado negativo para o exame de Covid-19. Esse é o segundo teste feito por Guedes nos últimos dias. O primeiro também deu negativo. Ele fez os exames após a confirmação de que o presidente Jair Bolsonaro, com quem teve agendas diárias no último mês, pegou a doença. Ambos os testes feitos por Guedes são do tipo PCR, que detecta se o vírus está ativo no organismo. Desde que Bolsonaro confirmou que estava infectado, ministros e autoridades que haviam estado com ele nos dias anteriores fizeram exames. Nenhum deu positivo. O da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também deu negativo.
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