sexta-feira, 05 de dezembro de 2025
Foto: Agência Brasil
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, confirmou nesta sexta-feira que a palavra de Jair Bolsonaro sobre a sucessão presidencial será seguida à risca — incluindo a escolha de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como nome do grupo para disputar o Palácio do Planalto em 2026.
“Bolsonaro falou, está falado. Estamos juntos”, afirmou Valdemar, ao dizer que o senador recebeu a bênção direta do pai. Segundo ele, Flávio relatou que o ex-presidente ratificou sua indicação durante uma visita à Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde Bolsonaro permanece preso.
A informação foi confirmada por integrantes da cúpula do PL.
Aliados revelam que Bolsonaro orientou o filho a assumir postura de candidato: viajar mais, marcar presença em eventos pelo país, confrontar de forma mais direta o presidente Lula e organizar palanques estaduais. A avaliação interna é que a escolha preserva o capital político de Bolsonaro dentro da própria família e fortalece Flávio para chegar competitivo ao pleito.
“Vamos respeitar, seja qual for a escolha do presidente Bolsonaro”, afirmou o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).
A movimentação ocorre após um desgaste público entre Flávio e Michelle Bolsonaro, que venceu uma disputa interna no Ceará e ganhou força dentro do partido. A ex-primeira-dama foi criticada por Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro após divergências sobre alianças locais.
A escolha por Flávio, caso se consolide, mexe com o tabuleiro da direita. Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), era tratado como o nome mais forte do campo bolsonarista. Contudo, aliados afirmam que ele pretendia concluir o mandato e não desejava compor como vice — além de não fazer parte da família, ponto considerado decisivo por Bolsonaro.
Com isso, Flávio surge como figura capaz de unificar o PL em meio a pressões regionais e disputas internas. Ele largaria com apoio importante de governadores como Tarcísio, em São Paulo, e Cláudio Castro, no Rio.
Enquanto isso, parte do PL defendia Michelle Bolsonaro como opção “imbatível” para a vice-presidência. Mesmo assim, segundo aliados, Bolsonaro tem insistido que prefere alguém da família. Pessoas próximas à ex-primeira-dama afirmam que ela não foi informada oficialmente de qualquer definição.
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