quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Brasil

Bolsonaro afirma que governo deve autorizar novo reajuste para o salário mínimo

POR Jornal Somos | 14/01/2020
Bolsonaro afirma que governo deve autorizar novo reajuste para o salário mínimo

Redação Jornal Somos

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Nesta terça-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro, disse que o governo deve autorizar um novo reajuste para o salário mínimo de 2020, para repor a inflação de 2019. O cálculo do governo que elevou o valor de R$ 998 para R$ 1.039 considerou uma inflação mais baixa do que a registrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Em 2019 o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) fechou com alta de 4,48%, de acordo com os dados divulgados semana passada. Esse é o índice usado para o reajuste do salário mínimo, por lei, embora a inflação oficial seja medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou ano passado com 4,31%.

 

A alta no preço da carne teve um peso grande no aumento dos indicadores. Bolsonaro irá se reunir nesta tarde, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para definir o novo valor e como a medida será encaminhada ao Congresso, que precisa votar ainda a Medida Provisória que definiu o primeiro valor do salário mínimo.

 

“Acho que tem brecha para a gente atender [o reajuste]. A inflação de dezembro foi atípica [com] pico por causa do preço da carne. A ideia é [repor] a inflação, o mínimo, né?! Agora, cada um real [de reajuste] aumenta mais ou menos R$ 300 milhões no orçamento. A barra é pesada. Apesar de ser pouco o aumento, R$ 4 ou R$ 5, mas tem que recompor”, disse o presidente ao deixar o Palácio da Alvorada na manhã desta terça-feira.

 

INSS e reformas

Ainda nesta semana, o governo pretende anunciar medidas para diminuir a fila de espera por benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo o presidente, uma das medidas deve ser a contratação de servidores ou militares da reserva.

 

“A gente pretende contratar, a lei permite, servidores ou militares da reserva pagando 30% a mais do que eles ganham, para a gente romper essa fila que aumentou muito por ocasião da tramitação da reforma da Previdência”, explicou Bolsonaro.

 

Sobre as reformas tributária e administrativa que o governo deve enviar esse ano ao Congresso, Bolsonaro disse que está confiante na aprovação, “sem muito atrito” com o Lesgislativo. “A minha ideia é fazer da melhor maneira possível para que possa ser aprovada sem muito atrito. A economia está recuperando, mas se nós pararmos na reforma [da Previdência] pode perder o que ganhou até agora. O Congresso está bastante consciente disso, acredito que não tenhamos grande dificuldades se apresentarmos boas propostas”, disse.

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