quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Brasil

Bolsonaro afirma que Enem poderá ser adiado mas acontecerá ainda em 2020

POR Ana Carolina Morais | 14/05/2020
Bolsonaro afirma que Enem poderá ser adiado mas acontecerá ainda em 2020

Redação Jornal Somos

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Nesta quarta-feira (13), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que está em conversa com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, quando ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e indicou que a prova poderá ser adiada, mas ocorrerá ainda em 2020.

 

 

“O Enem, tô conversando com Weintraub, né? Se for o caso, atrasa um pouco, mas tem que ser aplicado este ano”, informou o presidente. O exame, que possibilita a entrada de milhares de estudantes ao Ensino Superior, está em processo de inscrição e não sofreu alteração em seu cronograma, mesmo em meio a pandemia do novo coronavírus.

 

 

A manutenção do Enem está sendo alvo de críticas de entidades civis e parlamentares, que requerem o adiamento da prova alegando a falta de acesso ao ambiente escolar devido à Covid-19, bem como o prejuízo sofrido por alunos de classes mais baixas que não possuem acesso a aulas online, diferentemente de estudantes de colégios particulares.

 

 

A Justiça Federal de São Paulo determinou, em abril, a modificação do calendário das provas, considerando o momento crítico da pandemia. Entretanto, o ministro da Educação tem resistido aos requerimentos e não admite mudanças na programação do Enem.

 

 

Entidades goianas defendem o adiamento do Enem

 

O Conselho Estadual de Educação de Goiás (CEE) e o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiás (Sepe) defendem o adiamento do Enem, em consonância ao parecer emitido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na última segunda-feira (11) favorável à postergação do exame. Para o Tribunal, se mantida neste formato, a prova irá violar a igualdade de condições dos candidatos.

 

 

Apesar da movimentação nacional, a Secretária de Educação de Goiás, Fátima Gavioli, afirmou que mais de 90% dos alunos de escolas públicas do Estado desejam que a programação da prova seja mantida. Segundo a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), quase 80% dos alunos da rede pública já haviam efetuado o pedido prévio de isenção da taxa de inscrição cobrada pela avaliação, o que comprovaria a tese de que os estudantes querem fazer o Enem.

 

 

“O que nós sabemos é que os alunos querem fazer o Enem. Perguntamos se devíamos cancelar ou suspender. Chegamos a ligar para alguns alunos e perguntamos exatamente isso. O maior interessado é o aluno e temos de levar em consideração que ele não é mais uma criança, são adolescentes, a maioria já tem condições de votar. Eles pediram para lutarmos pelo não pagamento da taxa, mas não pediram pela suspensão. Caso não tenham nota necessária, pode ser que haja uma edição extra. Não posso ser contra a prova do Enem”, pontuou a secretária.  

 

 

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