sexta-feira, 03 de outubro de 2025
Foto: Redes Sociais
O russo Pavel Durov, 40 anos, fundador do Telegram, surpreendeu ao contar publicamente pela primeira vez que acredita ter sido alvo de uma tentativa de assassinato em 2018. Em entrevista ao podcaster Lex Fridman, na última terça-feira (30), o bilionário relatou que suspeita ter sido envenenado por um vizinho e que ficou debilitado por semanas após o episódio.
Durov afirmou que manteve o caso em segredo por sete anos para não afetar os planos do aplicativo, que na época havia arrecadado mais de US$ 1,7 bilhão em apenas três meses e enfrentava restrições de países como Rússia e Irã. “Aquele foi o único instante da minha vida em que pensei que estava morrendo”, contou.
Segundo ele, tudo aconteceu enquanto morava sozinho. O empresário disse que um “vizinho estranho” deixou algo em sua porta e, pouco tempo depois, já na cama, começou a passar mal. “Senti dores por todo o corpo. Tentei me levantar e ir ao banheiro, mas comecei a perder as funções do meu corpo”, relatou.
O fundador do Telegram descreveu que perdeu visão e audição, sentiu dores agudas no coração, estômago e vasos sanguíneos, além de dificuldade para respirar. “Achei que era meu fim. Pensei: ‘bom, tive uma vida boa’. E aí desabei no chão”, disse. Na manhã seguinte, acordou extremamente fraco e afirmou que seus vasos sanguíneos estavam “rompidos”. Ele levou duas semanas para conseguir andar novamente.
O caso foi mantido em sigilo inclusive de sua equipe. “Por razões de segurança, decidi esconder o que havia acontecido”, explicou.
O nome de Durov voltou aos noticiários em agosto de 2024, quando ele foi preso na França e indiciado em 12 acusações relacionadas a supostas atividades ilícitas no aplicativo, como tráfico de drogas, pedofilia e fraudes. Ele ficou meses impedido de deixar o país, mas em março conseguiu renegociar os termos de sua liberdade.
Ao refletir sobre a experiência, Durov disse que o episódio mudou sua visão de mundo: “Depois de sobreviver a algo assim, você sente como se estivesse vivendo um tempo extra. De certa forma, você morreu há muito tempo e cada novo dia que você ganha é um presente”.
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