quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Brasil

Barroso afirma que 'milícias digitais' são uma nova versão do 'autoritarismo'

POR Ana Carolina Morais | 23/11/2020
Barroso afirma que 'milícias digitais' são uma nova versão do 'autoritarismo'

Redação Jornal Somos

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Nesta segunda-feira (23), o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se pronunciou, afirmando que as “milícias digitais” na internet são uma “versão contemporânea do autoritarismo” que visam destruir instituições democráticas, dizendo ainda que, mesmo em democracias, existe um “esforço para desacreditar o processo eleitoral”.

 

 

“Uma versão contemporânea do autoritarismo são essas milícias digitais que atuam na internet, procurando destruir as instituições e golpeá-las, criando um ambiente propício para a desdemocratização”, assegurou Barroso.

 

 

Para o ministro, os ataques realizados contra o processo eleitoral se tratam de um desdobramento da ação de quem deseja a “desmocratização”. Para exemplificar sua afirmativa, ele citou o caso vivenciado nos Estados Unidos (EUA), onde o atual presidente Donald Trump, derrotado na corrida eleitoral, está contestando o resultado do pleito desde sua divulgação.

 

 

“E com muita frequência, muitas vezes, mesmo nas democracias, há um esforço de desacreditar o processo eleitoral, quando não favoreça essa crença. É o que hoje se observa, segundo alguns autores, nos Estados Unidos, com a recusa de aceitação do resultado que já parece definido”, incrementou o presidente do TSE.

 

 

O jurista também aproveitou a oportunidade para elogiar o primeiro turno das eleições municipais, informando que o índice de abstenção, de 23%, foi baixo para uma eleição realizada em meio à pandemia de Covid-19. Para Barroso, o fato do resultado ter saído no mesmo dia, mesmo com o problema operacional que resultou no atraso da apuração, é motivo de comemoração.

 

 

“Conseguimos fazer uma eleição, evitamos uma prorrogação, adiamos para um momento em que foram feitas com mais segurança, conseguimos que o plano de segurança fosse observado e que não houvesse disseminação da doença, conseguimos uma abstenção bem baixa, de 23%, conseguimos controlar as fake news, divulgar o resultado no mesmo dia e as pessoas só falam que teve um problema operacional no computador e atrasou duas horas e cinquenta minutos”, finalizou o ministro.

 

 

(Com informações do G1)

 

 

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