O Banco Mundial divulgou, nesta terça-feira (7), um relatório com as previsões para a economia global, onde o Brasil apresentou um desempenho negativo, uma vez que entre os países da América Latina e Caribe (exceto a Venezuela, que não tem os dados divulgados por falta de confiabilidade), o território brasileiro só deverá crescer mais do que o Haiti e o Paraguai neste ano.

Mesmo com o início do ano positivo para o Brasil, que registrou alta de 1% de janeiro a março sobre o trimestre anterior, conforme mostram os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), este fato não será suficiente para que o país permaneça com bons resultados, uma vez que a economia deverá perder força devido à inflação de dois dígitos e o baixo investimento.

Sendo assim, depois de um crescimento estimado de 1,5% no PIB (Produto Interno Bruto) para este ano, a economia brasileira deverá subir somente 0,8% em 2023, o que é menos de 1/3 da alta de 3% prevista para a economia global e de metade da alta de 1,9% esperada para a América Latina, sendo a menor também entre os países da região, empatando com o Chile.

Ao considerar as maiores economias de cada região, as projeções do Banco Mundial para a economia do Brasil deste e do próximo ano só ficam atrás dos dados da Rússia. Os motivos destes índices, segundo o relatório da instituição financeira, são as consequências geradas pela pandemia de Covid-19 e a guerra russa contra a Ucrânia.

"A guerra na Ucrânia, os períodos de confinamento na China, as interrupções na cadeia de abastecimento e o risco de estagflação estão prejudicando o crescimento. Para muitos países, será difícil evitar a recessão,” explicou em nota David Malpass, presidente do Grupo Banco Mundial.

(Com informações do g1)