Na noite de ontem (06), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um apelo para que pais vacinem seus filhos contra a poliomielite. A taxa de vacinação contra a doença em todo o país está inferior a 70%, porcentagem distante da meta do Ministério da Saúde, de imunizar 95% das crianças abaixo de 5 anos.

Em Rio Verde, a campanha contra a Poliomielite, que foi até o dia 30 de setembro, fechou com 42,03% de crianças vacinadas.

A vacinação de rotina continua. No mês de agosto, cerca de 67,97% havia sido vacinada. Os números de setembro e outubro da vacinação de rotina ainda não foram concluídos.

"Faço um apelo aos pais, avós e responsáveis: vacinem suas crianças contra a poliomielite. Não podemos negar esse direito ao futuro do nosso Brasil", disse o ministro.

Em pronunciamento, Queiroga citou a baixa adesão à Campanha Nacional de Vacinação realizada entre 7 de agosto e 30 de setembro deste ano. Ele ainda reforçou que continuam disponíveis nos postos.

"Não podemos aceitar que ninguém, especialmente as nossas crianças, adoeçam e morram de doenças para as quais já existe vacina há tanto tempo", continuou Queiroga.

A baixa adesão à vacinação atenta ao risco de volta da doença já erradicada no Brasil. O último caso de poliomielite no país foi detectado em 1989. Cinco anos depois, em 1994, o país recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) certificação de área livre da doença.

De acordo com o ministro, é possível atingir a meta de vacinação, porém para isso "é necessário o engajamento dos gestores de saúde e da sociedade civil". Como exemplo ele citou os estados da Paraíba e do Amapá, que vacinaram mais de 90% do público-alvo.

Ele também falou sobre um plano que será implementado pelo Ministério da Saúde em conjunto com estados e municípios. O Plano Nacional de Resposta à Poliomielite tem o objetivo de manter a erradicação do vírus da pólio.

Na última terça-feira (1º), o plano foi oficialmente lançado, e tem como base o fortalecimento da vigilância epidemiológica e laboratorial, informou.